Alzira de Siqueira Alves

        ALZIRA DE SIQUEIRA ALVES, importante membro da seção São Paulo da União Brasileira de Trovadores, nascida em um 16 de março e falecida em 30 de junho de 2007 em São Paulo.

Em silêncio tu partiste...
tudo acabado entre nós...                       (UBT SP, 2005)
só a saudade persiste
soluçando em minha voz.

Sem refúgio e sem afeto,     (M. Especial em Nova Friburgo-2004)
nas noites frias, sem lua,
dorme a criança sem teto,
aos olhos cegos da rua!

As Carrancas timoneiras
transportam no velho Chico,     (M. Honrosa em Manhumirim, 2004)
num lendário além fronteiras,
seu folclore estranho e rico!

Perdão se lhe atraso o passo,     (Menção Especial em Niterói-2004)
não quero ser empecilho.
Não é manha o meu cansaço,
a idade pesa, meu filho!!!

Neste mundo o ser humano       (Venc. Conc. Biblioteca Mário de Andrade, 2003)
faz escala de passagem...
Sua alma busca outro plano, 
fica na Terra a embalagem!

A mãe pobre, no seu canto,    (M. Honrosa em Pouso Alegre, 2003)
não vai além do estribilho,
a voz misturada ao pranto
engana a fome do filho!

Teus olhos me dizem cousas,     (Vencedora em Pouso Alegre-2002)
de amor e de bem querer,
com palavras que não ousas
nem em sonhos me dizer!

No escaninho da memória
guardo jóias de valor:
pedaços de nossa história,     (M. Especial em Nova Friburgo-2001)
detalhes do nosso amor!

A pipa azul da esperança,
nem que sejamos avós,
empina a eterna criança
que existe dentro de nós!  

Jamais o crime compensa:
a vida nos enxovalha...
- Pode tardar a sentença,
mas a cobrança não falha!

Seja grande, na importância,
seja um beco na favela,
a rua de nossa infância
é, na saudade, a mais bela!