Fundação da UBT São Paulo - A Verdadeira História - postado em 26.07.2011

 (matéria de Pedro Ornellas)

FUNDAÇÃO DA UBT SÃO PAULO -  A Verdadeira História

 

Na história oficial da UBT (União Brasileira de Trovadores), Seção São Paulo SP, em seu site www.ubtsp.com.br, consta:

 

 “...a data de comemoração da Seção São Paulo da UBT é 10 de novembro 1979. Ressalte-se que houve anteriormente um período tentativo de sua constituição, o qual porém não vingou.”

 

Foi o que sempre ouvi, desde que me tornei associado, em 1985. O tal período anterior, tido em tão pouca conta, foi riscado da história, e todos os que dele fizeram parte totalmente ignorados, fazendo supor aos que chegaram depois que a atuação deles foi tão insignificante, que jamais mereceram sequer uma menção, quanto mais crédito e  reconhecimento.

 

Mas será que foi realmente assim? O que, de fato, aconteceu naquele período “que não vingou”?  Prepare-se para se surpreender!

 

A verdadeira história

 

Junho de 1969 - Comparecem à Casa do Poeta de São Paulo duas sobrinhas-netas de Yde Schloenbach Blumenschein (Colombina), fundadora dessa entidade. São elas: Amaryllis Schloenbach e Maria Thereza Cavalheiro, poetisas bem conhecidas. A finalidade é, não só comunicar, como pedir apoio ao presidente da Casa do Poeta de São Paulo, Bernardo Pedroso, para que se consume na Pauliceia a fundação da desejada Seção Municipal da UBT. Tal ideia surgira de Luiz Otávio, fundador nacional da UBT, que se encontrou com Maria Thereza pela primeira vez em 1965, nos I Jogos Florais da Guanabara, nos quais ela havia obtido o seu primeiro prêmio em trova. Na ocasião, por delegação de Luiz Otávio, a premiada trovadora Antonieta Borges Alves estava empreendendo uma tentativa de agremiação de trovadores na Capital paulista. Antes dela haviam sido delegados Olímpio Franco Suannes e Orlando Brito. Antonieta, porém, já tinha certa idade, morava bem longe do centro e enfrentava dificuldades para motivar os trovadores a se reunirem. Mais adiante, por volta de 1968, a pedido de Luiz Otávio, Maria Thereza, que já havia recebido um telefonema de Antonieta, entendeu-se com essa trovadora, tomou a frente do assunto, e, contando sempre com a ajuda de Amaryllis, começou as reuniões, em endereço provisório na sede da União Brasileira de Escritores, no primeiro semestre de 1969, das quais Antonieta participou ativamente.

 

3 de julho de 1969 - É instalada a Delegacia da UBT Paulistana.

 

11 de setembro de 1969 - A Seção é oficialmente fundada, com o apoio da Casa do Poeta e de outras entidades culturais, com muita festa e grande público. O evento tem ampla divulgação e cobertura por muitos jornais e emissoras de rádio da capital e interior, e inclui apresentação musical de Inezita Barroso e Hilton Viana.

 

É eleita a primeira Diretoria por aclamação: Presidente - Maria Thereza Cavalheiro; Vice-Presidentes: Antonieta Borges Alves, de Administração; Orlando Brito, de Cultura; Oswaldo de Barros, de Relações Públicas; Amaryllis Schloenbach, de Finanças; Vice-Presidente Suplente: Bernardo Pedroso; Conselho Fiscal: Arlindo Cândido Barbosa, Branca do Amaral Mello e Paulino Rolim de Moura; Suplentes: Elisa Barreto, Eurípedes Formiga Ferreira de Sá e Marilita Pozzoli.

  

Desde a data de instalação, foi constituído o Jogral da UBT, composto de: Mirtes Polacchi, Cláudio De Cápua e Antônio Lafayette Natividade da Silva.

 

Maria Thereza acrescenta que, “além dos nomes da primeira Diretoria e do Jogral, constam da Ata de Fundação da UBT Paulistana, lavrada em 11 de setembro de 1969, mais os seguintes Sócios Fundadores: Gilberto Ortiz, J. Dirceu Pacheco de Mattos, Maria Teresa Guimarães Noronha, Aurora Abril, Antônio João El-Zih, Moysés Rodrigues da Costa, Benedito Rodrigues Aranha, Lourenço Muliterno Ross, Venina Franco Ferrari, Sylvio de Souza Monteiro, Eduardo de Oliveira, Alice de Paula Moraes, Orestes Rodrigues de Carvalho, Marcondes Verçoza, Mercedes Milano, Sand  Lys Young,  Maria Sílvia Olivo  e José Ferreira Baptista.

 

Nos anos seguintes, com o falecimento de Arlindo Cândido Barbosa, Branca do Amaral Mello e Bernardo Pedroso; com a ausência de Orlando Brito; e por terem, em seguida à instalação, Paulino Rolim de Moura e Elisa Barreto se desligado da UBT, outros nomes vieram a fazer parte da Diretoria: Antônio Lafayette como vice-presidente de Cultura, cargo também antes ocupado interinamente por Flávio Szterling; Alice de Paula Moraes, Benedito R. Aranha, Maria Rosa Moreira Lima, Afonso Vicente Ferreira, Maria Teresa Guimarães Noronha, Zilda Xavier Polastro, Darci Marcondes e Neide Radi.

 

Eram também associados: Marília Fairbanks Maciel, Ana Braga Paz, Gaia Gomes, Jandira Santos Plazio, José Aprígio Nogueira, José Soares Cardoso, Messias de Mello Cabral, Geraldo Pimenta de Moraes, Sylvia Thiollier Pereira de Almeida, Yvone de Figueiredo Pereira, Nair T. Pallamin, Ralpho Lenzi, Sirley Bertoni e Aracy S. Bertoni.”

 

Pelas listas de assinaturas anexadas às Atas, outros nomes podem ser lembrados, como: Abguar Bastos, Adelino Ricciardi, Oduvaldo Batista, Paulo da Silveira Santos, Santos Mendes, Mario Garcia-Guillén, Paola France Vespi, Fanny Souza Dupré, Marina Tricânico, Sylvia Abigail Ramos, Alípio Donizeti da Silva, Maria Cecília Bellochi França, Edwiges C. Voillet, Odila Marcondes da Silva, Iraci Pereira, Carmen Sílvia De Cápua, Vera Marques, Rosa Cioni Rosa, Wanda Wello, Clóvis Moura, Lourdes Bernardes, Danilo Umburanas, Maria de Lourdes Teixeira Santos, Alarico Gonçalves Santos, Gil Bráulio, Raul de Roberto, Miguel Santoro, Anita Branco Masella, Oswaldo Raso, Jurema e Iria Recchia, Ulpiano Natividade Silva, Esbela Vieira, Deborah Ferrrari, Sophia Leite Cruz, Nelly L. A. de Barros, Diva C. de Oliveira, Elvira Faro, Elvira Gamero, L. Marques, Lygia B. B. Skal, Luíza Lindenberg, Norma Cury da Cunha, Isaías Teves, Sérgio Carlos Covello, Augusto Kuhl, Nestor Gonçalves, Edith Nunes Pereira da Silva, Regina Dinon, Dolores Pastor (Relações Públicas da Sonksen), Aristheu Bulhões (da UBT de Santos) e muitos mais.”

 

Havia também os que frequentavam as reuniões como visitantes (ou como Sócios Beneméritos). Conforme lembrou um dos fundadores, “a UBT contou com participantes assíduos como Noêmia de Andrade, Júlio de Mello e Silva, Analice Feitoza de Lima, Semíramis Mourão, Joaquim Garcia Lopes, Anatalino Motta, Lypetruites, Néa Simões e mais umas duas dezenas de poetas.”   

 

No decorrer dos tempos, a UBT Paulistana conferiu títulos de Sócio Benemérito às seguintes pessoas: Laudo Natel, Inezita Barroso, Hilton Viana, Rubens Moraes Sarmento, Hélio de Aguiar, Kalil Filho, Raimundo de Menezes, Caio Porfírio Carneiro, Vitu do Carmo, Luiz Wanderley Torres, Benevides Beraldo, Daphnis C. de Lauro, Odárcio Oliveira Ducci, Evaristo de Carvalho, Belmiro Macário, Luís Orquestra, Reinaldo Di Giorgio, Roberto de Carvalho, Samuel Tavares Filho, Raul Tiago, Jaime Alves da Silva, Aurélio Ortiz Benitez (Cônsul do Paraguai), Esteban Britez, Papi Suarez, Juan Carlos Herrera e outros.

 

O período em que MTC presidiu a UBT, de 1969 a 1976, mercê de sua atuação dinâmica, em parceria com Amaryllis, foi marcado por uma atividade jamais igualada em qualquer outra época.

 

Disse um informante que “as reuniões da UBT, a esse tempo, contavam com cerca de duzentas pessoas na assistência, e eram precedidas de intensa divulgação nas rádios e jornais de São Paulo, por parte de Amaryllis e Maria Thereza. Muitas vezes, a direção da UBT contou com o apoio do radialista Oswaldo de Barros e de Cláudio De Cápua na divulgação.”

 

“As reuniões da UBT, a esse tempo, contavam com cerca

de duzentas pessoas na assistência, e eram precedidas de

intensa divulgação nas rádios e jornais de São Paulo.”

 

“Houve o apoio de muitos trovadores durante a gestão de MTC - diz Amaryllis - com numerosas reuniões, e a UBT promoveu vários eventos, também com a presença de inúmeros simpatizantes. Nesses anos, a repercussão foi grande na Imprensa de São Paulo, mesmo na do Brasil, nos grandes jornais e nos ditos alternativos, além do Rádio e da Televisão.

 

Foi um sucesso marcante a ‘Noite do Trovador’, que promovemos em plena praça, com grande público, sorteio de livros, prendas, apresentações lítero-musicais, a qual foi encerrada com a participação de  duas Escolas de Samba em evolução junto ao palanque, depois a estender-se pela avenida, acompanhadas pela alegria do povo que festejava conosco.”

 

“Nesses anos, a repercussão foi grande na Imprensa de São Paulo, mesmo na do Brasil, nos grandes jornais e nos ditos alternativos, além do Rádio e da Televisão.” Amaryllis

 

A meu pedido MTC quebra o silêncio de 35 anos e fala sobre a fundação da UBT,  sua atuação e posterior afastamento da presidência. Ampliando o que outros citaram, ela diz:

 

“Como presidente, preparei para a revista ‘Capricho’, em setembro de 1973, o livreto ‘O amor na Primavera’, no qual ensinava a fazer trova, e acrescentava miniantologia; fiz também o programa ‘Trovas e Poesias’ na TV Gazeta; realizei seleções de autores vários para ‘Gotas de Pinho Alabarda’; promovi a distribuição de trovas em folhetos coloridos na ‘Noite do Trovador’. Preparei e distribuí Boletins com concursos da UBT; realizei concursos internos, dei prêmios, sorteei prendas, livros e rosas vermelhas, sempre angariados; convidei cantores profissionais amigos, que se apresentaram em reuniões por cortesia. Incluí 100 trovas em minha ‘Nova Antologia Brasileira da Árvore’, com distribuição gratuita no coquetel de lançamento, em 1975, na Secretaria de Estado de Cultura, Esportes e Turismo de São Paulo, ao qual compareceram, entre outras personalidades, Luiz Otávio e Carolina Ramos  (... só de jornais da UBT Municipal de São Paulo, que fundamos, tenho uma pasta de 200 folhas com notícias e reportagens); guardo livros autografados, fotos e outras preciosidades.

 

Revendo essa pasta de publicações, observei um Relatório Anual da UBT Nacional (1969) que registra nossa remessa à presidência de ‘recortes e cartas que demonstram o eficiente trabalho’ da Seção.

 

Até o final de minha gestão cumpri fielmente os Estatutos; enviei os Relatórios e contribuições pecuniárias de praxe. Amaryllis que, além de vice, era também secretária a título de colaboração, fazia as Atas das reuniões. A maioria de todas as despesas não se originava de mensalidades, mas de nosso próprio bolso.

 

Guardo, como num relicário, elogios e palavras de apreço de Luiz Otávio, em seu nome e no da UBT Nacional, em várias oportunidades, assim como de Carolina Ramos e Carlos Guimarães. Se necessário poderia ainda rever meus arquivos e acrescentar outros informes.”

 

“Até o final de minha gestão cumpri fielmente os Estatutos...

A maioria de todas as despesas não se originava

de mensalidades, mas de nosso próprio bolso.” - MTC

 

       Todos esses fatos revelam que esse período inicial da UBT/SP foi um retumbante sucesso e não um vergonhoso fracasso, conforme sugerido pelo tratamento dado a ele na gestão subsequente.

 

Sendo assim, o que fez com que fosse interrompido? Maria Thereza abdicou do cargo em 1976. Por quê?

 

       Uma versão diz que ela ‘abandonou o barco’, simplesmente foi embora. Faz sentido? Não para mim. Ninguém em sã consciência tira o time de campo ganhando de goleada.

 

O raciocínio lógico me diz que por trás de ações há motivações, ou justificativas. E o senso de justiça, guiado pelo conhecimento cristão, dita que antes de condenar temos de conhecer todos os fatos e entender as razões.

 

MTC nos fornece o motivo de sua saída:

 

“Estive à frente da UBT Municipal de São Paulo de maio de 1969 ao fim de 1976, quando me afastei por estar doente... Sofri, em 1976, uma grave operação. Estava também mal dos olhos, com dificuldade para ler, e até hoje tenho restrições. Apesar de tudo tinha de trabalhar fora – o que faço até hoje, graças a Deus!”

 

Isso é confirmado pela prima e amiga de todos os momentos, Amaryllis:

“Em 1976, por motivo de doença, quando sofreu uma intervenção cirúrgica, foi preciso afastar-se da UBT Paulistana, passando o cargo ao vice-presidente imediato...”

 

Embora esse tenha sido o motivo parece que outros fatores contribuíram: oposição, críticas amargas, que podem ter desanimado MTC de continuar, além de outras dificuldades. Tenho testemunhos de que ela foi vítima de intrigas, mas não pretendo divulgar já que meu objetivo não é reabrir feridas fechadas (conforme ela mesma classifica), mas dar a conhecer a verdade sobre o que aconteceu, ensejando possíveis reparações.

 

Seja como for, nada justificaria a supressão dessa parte empolgante da história, retendo os méritos de MTC e de sua equipe, e privando os trovadores e amigos da trova de, por desconhecimento dos fatos, lhes darem o devido reconhecimento.

 

Sobre o que aconteceu após sua saída, MTC lamenta:

“Eu nunca ouvi falar que a nossa Seção, instalada com a presença de Carolina como presidente estadual, e representando Luiz Otávio, presidente nacional, que enviou mensagem, em grande festa em setembro de 1969, pudesse estar ‘extinta’.

 

O que eu soube é que o Lafayette, o vice-presidente de Cultura que deveria suceder-me (o que de fato fez), foi DESTITUÍDO de repente por Josias de Paiva Pinheiro, então presidente estadual da UBT, que indicou outra pessoa para substituí-lo (Carolina havia  passado a presidente regional).

 

Eu mesma não fui informada de nada, mas sabia que o Lafayette (por sinal, criatura de fino trato e poeta talentoso) estava com a mãe e a esposa, ambas com doença gravíssima e não conseguiu marcar reunião sob sua direção no prazo desejado. A mãe dele, Marta, que eu conheci, faleceu de câncer em 1978.  Sua esposa também veio a falecer.”

     

MTC não quer falar sobre isso, mas Amaryllis desabafa:

“Ela se calou, para não criar polêmica, e não trazer publicidade negativa ao Movimento Trovadoresco... A mágoa de Maria Thereza, agora desfeita pela sua inspirada intervenção, foi ter sido relegada e injuriada por muitos daqueles que ela continuou a divulgar e a dar crédito literário, no decurso de seu perene trabalho em favor da trova.”

 

A maneira de MTC lidar com a situação confirma sua nobreza de caráter, e está de acordo com todos os depoimentos que coletei a respeito dela em minha pesquisa.

 

Ela jamais usou o poder da palavra e as oportunidades que seu prestígio lhe dão, de trânsito livre por muitos meios de comunicação, para se queixar do tratamento injusto que recebeu nem atacar quem quer que seja. Pelo contrário, sempre usou esses meios para promover a trova e colocar em evidência  muitos trovadores, o que continua fazendo, tanto quanto lhe permitem as limitações impostas pelos seus 82 anos bem vividos, e que, segundo ela, “começam a pesar”.

 

       Maria Thereza recebeu inúmeras honrarias como poeta, advogada, escritora, conferencista, pesquisadora, tradutora, jornalista e ecologista.

 

Apesar de ter sua atuação reconhecida em todas essas áreas, ela confessa que seu amor pela trova se eleva acima de tudo o mais, e sua história de vida comprova isso.

 

Poucos fizeram tanto pela trova como MTC. É inacreditável que seu trabalho jamais tenha sido valorizado pela UBT, embora o seja por muitos de seus afiliados!

 

O que passou, passou, é verdade. A UBT é hoje dirigida por muitas pessoas de mentalidade aberta, com novas ideias, e com certeza a grande maioria nem tinha até agora conhecimento dos fatos aqui apresentados. Embora ainda haja quem imponha sua própria vontade, acredito e convoco meus irmãos trovadores como testemunhas, que este assunto receberá a atenção que requer, e que haverá empenho dos dirigentes nacional, regional, estadual e municipal no sentido de restaurar a verdadeira história da UBT Municipal de São Paulo, dando-se o devido crédito à Maria Thereza, Amaryllis, Cláudio De Cápua e demais poetas, injustamente relegados ao esquecimento por quase quarenta anos!

 

Algumas atividades e consecuções que marcaram a trajetória de Maria Thereza Cavalheiro:

 

- Assinou a coluna “Trovas” desde 1973, em diversos jornais, entre os quais: "Ultima Hora", "A Gazeta Esportiva" e "Notícias Populares", de São Paulo-SP.

 

- Mantém a coluna “Trovas” no jornal “O Radar”, de Apucarana-PR, editado por Rosemary Lopes Pereira, desde 1977, ou seja, por 34 anos, recorde absoluto no gênero. Inclui entrevistas, biografias e trovas de muitos autores.

 

- Desde fevereiro de 1994 tem sua coluna na revista “BALI”, de Itaocara-RJ, editada por Kleber Leite, com o mesmo teor acima.

- Publica artigos variados na revista “Tradição”, de Maringá-PR, editada por Jorge Fregadolli.

 

- Publicou "Trovas", sempre de autores vários, na revista da Ed. Sublime “Simpatias que curam" (ext.), e nas revistas da Ed. Abril "A Sorte e Você"(ext.), "Capricho" e "Carícia".

 

- Por muitos anos, forneceu seleção de trovas de vários autores para a hoje extinta fábrica das "Gotas de Pinho Alabarda", de São Paulo-SP, que as divulgava em adesivos, dentro dos saquinhos de balas.

 

- Apresentou no programa “Linfor em Tempo de Mulher”, semanal, na Televisão Gazeta, o quadro "Trovas e Poesias".

 

- Entrevistou, entre outras personalidades, o escritor Guilherme de Almeida, seu padrinho literário:

 http://guilhermedealmeida.blogspot.com/2009/04/entrevista.html 

                                              

- Entrevistou, em 1971, Jorge Amado, e foi a ela que o Escritor fez a célebre declaração:

“Não pode haver criação literária mais popular, que fale mais diretamente ao coração do povo. É através da trova que o povo toma contato com a poesia e sente sua força. Por isso mesmo, a trova e o trovador são imortais.

 

- Publicou dois livros ensinando a fazer trova: “Segredos do Bom Trovar” (com miniantologia) e “Trovas para Refletir” (na I parte trovas de sua autoria e, na  Parte II, estudo sobre métrica e versificação, com  exemplos de trovadores  falecidos).

 

- Publicou artigos ensinando a fazer trova nos jornais e revistas em que assinava  “Trovas”, e  ainda  no jornal de empresa “A Família IOBiana”, de São Paulo-SP, e no  “Almanaque Santo Antônio”, de Petrópolis-RJ, da Vozes,  e há  três anos, faz, com Amaryllis, a triagem de trovas para os  produtos sazonais dessa Editora.

 

 

 

PEDRO ORNELLAS é "Magnífico Trovador" por Nova Friburgo, nos gêneros "líricas/filosóficas" e "Humorísticas".