Clenir Neves Ribeiro - Nova Friburgo

CLENIR NEVES RIBEIRO, nascida em Nova Friburgo/RJ em 08 de outubro.
um dos grandes nomes que lideram o movimento trovístico em Nova Friburgo, é um daqueles casos em que a gente fica se perguntando: será que ela está na Trova ou é o contrário?  Penso que ambas as coisas. Praticamente ela nasceu ouvindo trova. Cresceu, não apenas ouvindo falar, mas convivendo diretamente com trovadores do porte deLuiz Otávio, JG, João Rangel Coelho, Colbert, Madalena Léa, Jesy Barbosa, Elton C arvalho, Aparício Fernandes, Jorge Murad, Nydia Iaggi Martins e tantos outros. Com eles aprendeu a versejar, assimilou os "atalhos" e, tanto quanto, ou até mais, passou a amar a Trova de uma forma sem limites.  Hoje, além de participar de tudo quanto é coordenação de eventos em Friburgo, é a mentora da "Noite dos Magníficos".  Não bastara isso, é cunhada do lendário Rodolpho Abbud, casado com sua irmã Cyrleá, também trovadora, obviamente. Não sem motivo é um dos poucos nomes detentores do título de "Benemérito" da UBT de Nova Friburgo.

 

Partiste... e em meio à lembrança             (Vencedora Niterói - 1985)
a saudade continua
pondo luzes de esperança
nos postes de minha rua!

Fui pobre quando criança,                         (Vencedora Niterói - 1985)
mas nos meus dias risonhos,
eu me vesti de esperança
com retalhinhos de sonhos!

Voltas com outra proposta,
mas, eu, fingindo altivez,
uso o poder na resposta                                            (Venc. Bandeirantes 1998)
e digo não, outra vez! ...

Dei um basta à indiferença!...
- Nem tentes mais meu perdão,                   (4º lugar "Local" - Nova Friburgo 2001)
pois foi na tua presença
que eu conheci solidão!...

Por timidez, dei as costas
ao amor que eu sempre quis...
E a vida deu-me as respostas
às perguntas que eu não fiz!...

Brigamos... e mesmo tensa                         (Vencedora Bandeirantes, 2002)
renovei minha proposta...

Como dói, se a indiferença
traz em silêncio a resposta!

Por mais que o destino insista,                       (co-vencedora em Cambuci/RJ - 2012)
teu amor não tem direito
de fingir ser um turista
e se hospedar em meu peito!

Gastei meus sonhos sozinho...
Voltaste tarde demais...
-- Tenho, agora, o teu carinho,
mas... meus sonhos... nunca mais!...

Partiste... o sonho acabou,
num mistério que revolta...
– E a saudade carimbou
seu passaporte sem volta!...

Chega a tarde... e há nostalgia
nesta angústia desmedida...
Que importa o nascer do dia?
- Tudo é tarde em minha vida!...

Nossa briga de verdade
essa o tempo não contou,
e o que foi felicidade...
a saudade engavetou!...

Vendo a espera angustiante,
o meu relógio, sem graça,
vai mostrando o teu semblante
em cada instante que passa!...

Sei quando vais demorar...
Mesmo assim, tudo ofereço:
quem espera para amar
paga ao tempo qualquer preço!

Sou poeta do Universo,
feito de sonho e magia,
pois faço de cada verso
meu sonho de cada dia!...

Não vens... O dia é sombrio,
mas ouso, na espera vã,
superar o meu vazio
para esperar o amanhã!...
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VAMOR RIR UM POUQUINHO?
 

Não sei se a casa é assombrada,
mas a vizinha me pasma...
- Quando chega a madrugada,                        (FRIBURGO   1997)
é um entra e sai de fantasma!...

Cheio de crença aconselha:
“Antes que um mal aconteça,       (Vencedora em Bandeirantes, 2004)
melhor galho atrás da orelha
que um à frente da cabeça!”

Visitinha impertinente:
café, almoço e jantar;
cara de pau, diz pra gente:         (Vencedora em Bandeirantes, 2007)
- Agora... vou me deitar!