DEIXANDO A MODÉSTIA DE LADO... - 17.10.2013
(texto de José Ouverney) - (Veja mais textos do autor em http://www.falandodetrova.com.br/ouverneyconverso)
Tenho saudade dos tempos em que trabalhei e residi em Jambeiro, quando o Prefeito Municipal e a Secretaria de Cultura me davam total apoio, custeando inclusive as viagens que eu fazia, quando premiado em concursos de trovas. O reconhecimento da municipalidade chegou a tal ponto, que me foi concedido o certificado de “Cidadão Honorário Jambeirense”, que guardo com extremo orgulho entre minhas mais valiosas conquistas.
Talvez por ser uma cidade com poucos poetas, meu trabalho tenha se destacado sobremaneira. Foi um curto período, de apenas quatro anos, porém, inesquecíveis.
Em relação a Pindamonhangaba, foi aqui que nasci, foi aqui que cresci e é aqui que vivo até hoje. Representando Pindamonhangaba obtive os mais significativos lauréis que um trovador já obteve, não só em nossa cidade, não só no Vale do Paraíba, mas em todo o Interior do Estado. O título de “Magnífico Trovador”, que ostento desde 2008, embora seja apenas um título, jamais foi alcançado por outro nome na região até hoje, em mais de cinquenta anos de concursos de trovas pelo Brasil, mesmo considerando-se que já tivemos um Cesídio Ambrogi, um Dias Monteiro, um De Paula Mádia em Taubaté, ou um Antonio Zanetti em Caçapava. Em Bandeirantes, no ano de 2012, fui condecorado com o título de “Personalidade da Trova”. O site “Falando de Trova”, que eu e meu filho José Ouverney Junior mantemos no ar desde 2005, sem recorrer a patrocínios, é reconhecido, inclusive pela UBT Nacional, como o mais completo portal de trovas no País.
Não tenho constrangimento em dizer que em Nova Friburgo, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba, em Maringá, em Natal, em Porto Alegre e em tantos outros centros, sinto-me muito mais reconhecido do que em minha própria terra natal. Continuo viajando sim, representando orgulhosamente a querida “Princesa do Norte”, como o tem feito também, incansavelmente, o Dr. José Valdez (embora não tenha procuração para falar em seu nome)
mas sempre às próprias expensas.
Não sei (nem procurei saber) se outras atividades recebem apoio pecuniário para representar a cidade lá fora. O que sei é que, ainda neste ano de 2013, tendo obtido 1º lugar em Nova Friburgo, tentei junto aos poderes públicos municipais uma ajuda de custo para viajar pra lá. Meu pedido foi recebido; educadamente a assessoria me telefonou, dando-me um retorno à solicitação mas, infelizmente, por motivos que acredito sejam os mais justos, a resposta não foi a esperada. Isto importa? É claro que não. Quem ama verdadeiramente sua Terra e, principalmente, ama o que faz, supera qualquer obstáculo e vai em frente. Mas, à guisa de desabafo, penso que seja válido comentar.