Divinas Sacoleiras!

DIVINAS SACOLEIRAS - 23.01.2014      (Veja mais textos do autor em http://www.falandodetrova.com.br/ouverneyconverso)
(estrelando Therezinhas Dieguez Brisolla e Maria Madalena Ferreira)

     Quem vivencia o dia a dia da Trova e seus concursos, conhece e admira profundamente Therezinha Dieguez Brisolla e Maria Madalena Ferreira, duas figuras queridíssimas e, mais que isso, carismáticas. É quase impossível imaginar uma festa de trovas sem a presença de pelo menos uma delas.

     MARIA MADALENA FERREIRA = portuguesa nascida na Província do Minho em Portugal, residente há mais de cinquenta anos em Magé/RJ, recebeu dos amigos, carinhosamente, a alcunha de “sacoleira da UBT”! Fácil imaginar o porquê! Onde ela vai, sempre de ônibus, volta com mais de dez troféus na mala, além de livros e diplomas, representando os inúmeros amigos que também premiaram mas não compareceram. E ela o faz, tão ofegante quanto sorridente.

     THEREZINHA DIEGUEZ BRISOLLA = é o mesmo caso, aliás, nem é o mesmo caso, pois, além de transportar os troféus, a Magnífica Trovadora em humorismo, residente ora em São Paulo, ora em Gramado, é também a fotógrafa “quase oficial” da UBT. Tempos depois da realização de um evento ao qual comparecemos, quando menos se espera, lá vem o carteiro com um envelope da Therezinha e algumas… fotos nossas, tiradas durante o mesmo.

     Não bastara isso, está sempre prestando favores, socorrendo um aqui, outro ali, sem nunca cobrar um tostão.

     E ambas têm mais um grande predicado em comum: são fiéis amigas de Pindamonhangaba, a cujos festejos comparecem, sempre que classificadas ou convidadas, contagiando-os com seu entusiasmo.

     Com muita alegria a coluna “Falando de Trova” desta semana reverencia e agradece comovidamente estes dois ícones da Trova brasileira, com um “Deus lhes pague”!

Therezinha e Madalena
dispensam comparação:
com estas divas em cena,
a festa vira um “festão”!

TROVAS DE THEREZINHA DIEGUEZ BRISOLLA:

Gritei: “- Pare, seu Joaquim”,
quando o trem apareceu…
Ele ainda olhou pra mim,
falou: “Ímpare!” e morreu…

Por mágoas que me consomem,
hoje eu culpo os erros meus.
Ele era apenas um homem…
fui eu que fiz dele um deus!

TROVAS DE MARIA MADALENA FERREIRA:

Da seiva da “Flor do Lácio’,
tirou Caminha o matiz
com que escreveu o prefácio
da História deste País!

Olho a praça abandonada
e me ponho a imaginar
uma saudade sentada
sem ter com quem conversar!
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                                                              texto de José Ouverney