ÉLZIO BARBOSA DE ALENCAR é o único caso, talvez, de alguém que se elegeu prefeito de uma cidade, alicerçando toda a sua campanha em... trovas! Nascido a 24 de dezembro de 1926 em Iguatama/MG, filho de Lapemberg Passos de Alencar e Maria Adélia Garcia Barbosa, estudou e radicou-se em Belo Horizonte. Como funcionário do Banco Nacional de Minas Gerais, transferido que foi para Bueno Brandão em maio de 1948, lá conheceu Nelida, o grande amor de sua vida, com quem viria a casar-se, em 1953. Ao ser novamente transferido, desta vez para Divinópolis, demitiu-se e, mesmo desempregado, não arredou pé de Bueno Brandão, onde permaneceu para todo o sempre. Trabalhou também no IBGE, formou-se em Direito e foi também Delegado de Polícia. A inédita vitória à Prefeitura ocorreu em 1982, concorrendo com outros três tradicionais adversários políticos. Como não tinha dinheiro para gastar, ele distribuia trovas à população.
Élzio foi Prefeito Municipal de janeiro de 1983 a dezembro de 1988. Depois, ainda viria a ser Vice-Prefeito por mais três mandatos: de 1993 a 1996 e de 2005 a 2012. Faleceu no dia 26 de agosto de 2013.
Rio das águas de Cristo,
regando sábia doutrina, (Menção Especial Pouso Alegre, 1997)
carimba certo o meu visto
para a Morada Divina.
O velhinho, réu sem medo,
do sufoco sai-se bem: (M. Honrosa Porto Alegre, 1993)
- Mentira, Doutor, o dedo
não engravida ninguém!
O meu fado? Viver só,
o passado recordando; (M. Especial Elos Clube SP, 1989)
eu caminho sob o pó
que a saudade vai soprando.
A imponência do teu porte
e o sorriso em floração
carimbam meu passaporte
para o mundo da paixão.
O relógio do Gouveia
nenhum relojoeiro acerta:
marca sempre seis e meia
e há bom tempo não desperta.