Enéas de Castro

     Falecido em 1988. Era radicado em Santos.
Voltei. Ausência de tudo.
 Em silêncio o casarão.
 Somente um vestígio mudo:     (Campos - 1983)
- retrato dela no chão...

Que ternura a dos velhinhos     (23º lugar em Nova Friburgo - 1978)
com as faces enrugadas!
Já no ocaso dos carinhos,
mas de mãos entrelaçadas!

Sou livre. Desfiz os laços
 que amarravam nossas vidas.     (23º lugar em Fortaleza - 1978)
 És livre. Dos nossos braços
 tiro as algemas partidas!

Verás a luz da amizade
quando, vencido no chão,           (7º lugar em Nova Iguaçu - 1978)
a mão da fraternidade
erguer-te, dizendo: - Irmão!

Deus te faça redimido
 desse amor desesperado.     (Menção Honrosa em Barra do Piraí - 1976)
 Mesmo sendo proibido,
 foi sublime o teu pecado.