DJALMA MOTA reside em Caicó. Geógrafo, radialista, compositor e poeta dos bons.
A expressão triste no rosto
desfigurado, sem brilhos...
é maquiagem do desgosto
que a mãe recebe dos filhos.
Adotando bons conselhos
das faculdades morais,
os filhos serão espelhos
da retidão de seus pais.
Quem deixa o lar, doce ninho,
por impulsos da revolta,
deve marcar o caminho
pra não se perder na volta.
Inútil, desagradável,
tornar alguém diferente,
para que seja ajustável
aos interesses da gente.
Lua de corpo celeste,
majestosa e singular,
de quatro formas se veste,
refletindo a luz solar.
Amargando os dissabores
dos seus amores dispersos,
o poeta esconde as dores
nas entrelinhas dos versos.
Caminhos, longos caminhos...
caminhos que contêm flores.
Caminhos cheios de espinhos,
os caminhos dos amores.
Entre a caatinga florida
arrefecida de orvalho,
a relva verde, crescida,
esconde o chão de cascalho.
Sorrir pra vida é preciso,
o riso espanta a maldade;
bendito seja o sorriso
no rosto da humanidade!