J. REVOREDO NETTO, cujo nome completo é José de Souza Revoredo Netto, nasceu em Natal, em 7 de fevereiro de 1930, filho de José de Souza Revoredo Filho e Alexandrina Valcácio Revoredo. Aposentou-se como Auditor Fiscal do Tesouro Estadual. Presidiu por mais de uma vez a ATRN. "Cantor, compositor, músico, radialista. Réstias Íntimas" é uma de suas obras.
Se ao fitar o plenilúnio
um vate não se completa,
- então, Mãe Natura - pune-o,
que ele é um ser frio, não poeta!...
Numa seresta, ao luar, (Menção Especial em Natal - 1986)
divino, errante, feliz,
um violão diz - a tocar -
coisas que a gente não diz...
Na vida o amor que é fingido
machuca, fere, magoa.
Mas o amor-próprio ferido,
em geral, nunca perdoa.
Ah! que o amor é um sentimento
difícil de compreender...
Se tenho amor - é um tormento!
Se o não tenho - um desprazer!
A caridade, na vida,
lembra a moral disfarçada:
muito apregoada e exibida,
mas bem pouco praticada...
Vivendo, embora, a existência
distante da perfeição
que me falte a luz da ciência,
mas nunca a luz da razão.
A natureza descerra
o tempo o infinito véu:
de dia - descobre a terra,
de noite - descobre o céu...
Que pena que uma pequena
não teve pena de mim.
E eu que dela fui ter pena,
fiquei depenado assim.