nasceu em Guaratinguetá no dia 28 de fevereiro de 1935, filha de José do Amaral Rebello e Maria Conceição Villela Santos do Amaral Rebello. Professora, como os pais, formou-se em 1953, e, em 1954 começou a lecionar. Sua primeira escola foi no Bairro Santa Clara, em Jambeiro. Chegou a Taubaté em 1962, para lecionar no Grupo Escolar Prof. Bernardino Querido. Aposentou-se como Diretora de Escola. Membro-fundador da Academia Taubateana de Letras e foi, por muitos anos, presidente da União Brasileira de Trovadores, seção de Taubaté, onde organizou anualmente um tradicional concurso de trovas para todo o idioma português. Também com admirável trabalho na Conferência São Vicente de Paulo. Livros editados: 1. “Contos, Trovas e Outros Versos”; 2. Memórias Póstumas de um Médico Legista” (em homenagem a seu falecido marido); 3. “Estudo Genealógico das Famílias do Major Villela/Januária Reis Villela; Rangel; Santos Souza, Monteiro/Marcondes do Amaral ( ramo materno e ramo paterno de sua família); 4. “ São David dos Pilões”- romance, que recebeu o Prêmio Cultural “Eugênia Sereno” , oferecido pelo Instituto de Estudos Valeparaibanos ( IEV ), de Lorena-SP; 5. “ Lembranças de minha terra- Guaratinguetá –Ruas de Minha Memória”.
Faleceu em Taubaté no dia 22 de junho de 2017.
O bruxulear de uma chama
de vela, gasta e mortiça,
lembra o excluído que clama
por respeito e por justiça!
Zumbindo sobre as corolas, (Vencedora em Pedralva, 2007)
de delicada beleza,
os insetos são violas
na orquestra da Natureza!
Abre-se o chão e recebe (M. Especial em Sete Lagoas, 2007)
as sementes do plantio
e fertilmente concebe
frutos no colo macio.
Tudo acabou em quimera (Vencedora Pinda, 2006)
na tarde chuvosa e fria
e a grande perda me espera
dentro da casa vazia...
Fugindo pela janela,
o ‘dom juam” quis “dar no pé”. (M. Especial em Curitiba, 2006)
- Um fantasma! gritou ela.
E o marido: - Agora é!
Guaratinguetá, querida,
és deste Vale a rainha!
E eu carrego em minha vida (Vencedora em Taubaté - 2005)
o orgulho de seres minha!
A mocinha reclamou
mas o ceguinho, no baile, (3º lugar em Pouso Alegre, 2005)
passando a mão, explicou:
- A minha dança é em braile!!!
Nos jardins, bela e vaidosa, (M. Honrosa Pinda, 2004)
enfeita-se a natureza:
recende a aroma de rosa
e põe brincos-de-princesa!
Quando a montanha escalar,
buscando sucesso e glória, (M. Honrosa Jambeiro, 2004)
deixe a humildade levar
a bandeira da vitória!
Com um grito de alegria
e uma passagem na mão, (Vencedora Pinda, 2003)
o retirante anuncia
que já chove no sertão!
Planta nas leiras da lida
as sementes dos teus dons, (Menção Especial Curitiba, 2003)
e terás, por toda a vida,
fartura de frutos bons!
Do coreto “ela” saiu
sob apupos e sem jeito (M. Honrosa Belém, 2003)
pois a peruca caiu
e a “cantora”... era o prefeito!
Como em rodeio, eu domei (Vencedora Jambeiro, 2003)
desgostos, invulnerável!
Mas, agora, velho, eu sei
que a saudade é indomável!
Doce sorriso, olhar terno,
minha sogra, tão querida, (Vencedora Jambeiro, 2002)
ocupa um lugar materno
nas trilhas de minha vida.
A praça enfeita a cidade,
é o seu cartão de visita; (Vencedora Jambeiro, 2001)
representa, na verdade,
seu coração, que palpita.
Presente é como migalha (Vencedora Pinda, 2000)
que mal se nota cair,
pois é um fio de navalha
entre o passado e o porvir...
A correnteza da idade (M. Especial Cachoeiras de Macacu, 1999)
é mutável, já se disse:
revolta na mocidade,
calma na infância e velhice.
Às vezes a caridade,
que a paz e a esperança aspira, (Vencedora em Pinda, 1999)
põe no lugar da verdade
uma piedosa mentira...
Quando o outono bate às portas
de um cansado coração,
sonhos viram folhas mortas
sarabandeando no chão...