Mara Mellini Garcia - Caicó / RN

     MARA MELLINI DE ARAÚJO GARCIA  é filha do poeta Francisco Garcia de Araújo Garcia (Prof. Garcia) e de Anunciada Laura de Araújo Garcia, nascida em Caicó-RN, em 27/09/1980. Tem duas irmãs: Ava Murielli e Eva Yanni de Araújo Garcia, ambas pedagogas. Bacharela em Direito pela UFRN (2003), é advogada e funcionária do Banco do Brasil S.A., Agência Caicó-RN. Poetisa e trovadora, e sócia efetiva do Clube dos Trovadores do Seridó (CTS) desde 2005, onde ocupa a cadeira nº 24, tendo como patrono Renato Dantas, e sócia da UBT, Delegacia de Caicó-RN. Possui diversas premiações em concursos de trovas e poesia. Participou da Coletânea de Trovas Rio Grande Trovador VII e é uma das autoras da obra Na Trilha dos Sete Pés, debate em setilhas, pela internet, elaborado por oito poetas potiguares. Parte de sua produção poética encontra-se disponível em seu blog                            www.melinni.blogspot.com (Mel´s Versos).

 

A passagem mais sofrida,                  (1º lugar em Nova Friburgo em 2012)
que nós fazemos a sós,
é ver o alcance da vida
sair do alcance de nós...!

Que a lei, com todo o seu porte,           (1º lugar em Curitiba em 2012)seja um escudo do bem. ..E que a justiça do forteseja a do fraco também!

Já não chores, madrugada,         (5º lugar - V Concurso Interno CTS/2010)
que o orvalho, na linda flor,

cristaliza, na alvorada,

tua lágrima de amor!

 

A ausência é tanta, em verdade,            (2º lugar - ATRN/2010)

que a minha desilusão

tem a forma da saudade

e os braços... da solidão!!!

 

Sob a mesma nostalgia,              (11º lugar - ATRN/2010)

a saudade, sem pudor,

sobrevive, todo dia,

à ausência do teu amor!
 

Espera...! Que eu te proponho,              (13º lugar - ATRN/2010)

pois a ausência é triste sina:

- Sê a musa do meu sonho,

que o meu sonho não termina...!

 

Velha fonte... O largo antigo...     (4º lugar - IX Concurso de Trovas do CTS/2010)

Sob as ruínas... Num canto...

Hoje tu choras comigo,

Dividindo o mesmo pranto!

 

Nas noites de solidão...

— Lua, que embala os amores,   (10º lugar - 3º Concurso Uneversos/2010)

és, em tua mansidão,

a musa dos trovadores!

Sereno é quem, sem temores,     (1º lugar - IV Concurso Interno CTS/2009)

faz de sua caminhada,

um jardim cheio de flores

entre os espinhos da estrada!

 

Minha família sem teto,               (6º lugar - ATRN/2009 e classificada

repartia o mesmo pão...               entre as 40 melhores trovas de 2009)

Mas sobrava sempre afeto,

no final da divisão...!

 

Eu sinto a força da vida               (4º lugar - IX Concurso CTS/2009)

e a mão divina de Deus,

em cada manhã florida,

na aurora... dos versos meus!

 

Ó, mãe... teu afeto é tanto,          (2º lugar - 2º Conc. Uneversos/2009)

tão angelicais teus traços...

que a vida tem mais encanto

na doçura dos teus braços!

 

Senti o afeto embalando              (10º lugar - 2º Conc. Uneversos/2009)

aquela linda criança...

No abraço da mãe, ninando,

o seu sonho de esperança!

 

Mar adentro, mundo afora,
a distância aumenta mais...
e enquanto a saudade chora,       (2º lugar Conc. "Sou Trovador 2009)
"um lenço acena no cais".

 

A vida é palco, onde há canto      (3º lugar - III Conc. Interno do CTS/2008)

de maldade, espanto e dor...

Não há cortina, entretanto,

que feche um palco de amor!
 

Se eu me for, antes de ti...          (7º lugar - III Conc. Interno do CTS/2008)

Levarei, dos nossos traços,

cada noite que vivi

na cortina... dos teus braços.

 

Segue o tempo, indiferente,         (10º lugar - ATRN/2008 - Tema: Idade e Afins)

pela idade, em despedida...

Passa, mas deixa presente

o doce encanto da vida!

 

Da linda infância de outrora,

guardo os brinquedos diversos,    (15º lugar - ATRN/2008 – “Idade e Afins”)

na lembrança, que hoje mora,

no doce encanto... dos versos!

 

Não busco da vida o intento         (5º lugar - VII Conc. de Trovas do CTS/2008)

senão de ser, todo dia,

feliz a cada momento

no meu ninho de poesia!

 

Quando adormeço, sozinho,        (11º lugar - VII Conc. de Trovas do CTS/2008)

relembrando aquele adeus...

a lembrança é o triste ninho

do calor dos braços teus!

 

Tocam sinos de alegria

no encanto do firmamento...        (7º lugar - CTS/2007 - Tema Natalino)

E a luz da estrela anuncia

Jesus em seu nascimento!

 

Dos gritos pela calçada                (2º lugar Caicó 2007)
a lembrança derradeira...
Hoje a rua, abandonada,
sente saudade da feira!

 

A velha esquina esquecida          (5º lugar - Fortaleza/2006)

toda enfeitada de flor,

sem querer, fez-se guarida

de nossa história de amor.

 

Vida: caminho que alcança          (4ª Menção Honrosa - Fortaleza/2006)

na esquina a sua metade;

de um lado, vive a esperança,

do outro, dorme a saudade.

 

Nossas juras semeadas

na infância, de amor risonho...

Inda giram, de mãos dadas,

Na ciranda do meu sonho!

 

Eu vi o amor eclodindo

na mensagem de um chamado:

- O mar, despido, sorrindo...

- O sol se pondo... apressado!

 

Mais vale amar, sem receios,

numa entrega destemida...

Do que não sentir os veios

da doce fonte da vida!

 

Tanto esperei... E, sem jeito,

fiz daquela madrugada,

a doce musa, em meu leito,

nessa espera amargurada...!

 

Vejo no espelho da vida

transpor-se, à luz da saudade,

minha face enternecida

dos tempos da mocidade!

 

Saudade – quantos desejos
por esta espera sem fim...
Relembrando os teus arpejos,
hoje sou refém... de mim!

 

Relembrando velhos traços,

por mil recantos dispersos...

eu me perco nos teus braços,

e te encontro... nos meus versos!

 

O tempo passa, é verdade,

levando tudo o que sou...

mas só não passa a saudade

que o próprio tempo deixou!

 

Tempo que reparte a vida,
faz o meu destino assim:
Vida é lenda dividida...
Parte é começo, outra é fim!

 

Trova é produto final;
palavra, matéria-prima,
de uma idéia original
que a mente transforma em rima.

 

O sol é lâmpada acesa,
por Deus pai, como magia...
para pintar a beleza
da vida... dia após dia.

 

Alegria, paz e amor...
nossos versos vão além,
pois na voz do trovador,
persiste a força do bem! 

Seca: quanta desventura
enche a terra de tristeza!
O homem sofre, mas a cura
vem da própria natureza.