ALARICO N. DA SILVA COSTA.
Todas as trovas abaixo foram publicadas no jornal "A Gazeta", de São Paulo e no livro "Trovadores do Brasil", de Aparício Fernandes.
Amor de mãe que sublimas
todos os bens do universo,
como hei de cantar-te em rimas,
se não cabes no meu verso?!...
Nunca te rebeles contra
o Bem que deves fazer:
- inda é no Bem que se encontra
o consolo de viver.
Velhice, que anseio louco
trazes contigo aos mortais:
- o de sofrer mais um pouco,
para viver pouco mais!
Senhora, se odiar-vos juro,
lamento não me entenderdes:
a um cacho de uvas maduro
disse a raposa: - Estão verdes...
Há muito a fatalidade
levou-lhe o filho que tinha;
sei agora o que é saudade,
vendo o olhar dessa velhinha...
Ela se chama Alegria.
Chama-se ele Desengano.
Ele nos vem todo dia...
Ela, apenas de ano em ano...