José, Ou Ver Ney, Ou Ver Nada...

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(texto de José Fabiano, mineirim de Uberaba)

JOSÉ, OU VER NEY, OU VER NADA...

(Parte I)

 

PROMESSA NÃO CUMPRIDA

 

              Eu tinha me casado, em 28/10/08, com a Meirezinha, e prometido ao Ouverney que iríamos a Pindamonhangaba para vê-lo. Eis que recebi e-mail do amigo cujo assunto era: “Cadê Fabiano”, em que ele me dizia:

 

 

              “Querido amigo, fiquei preocupado. Você ficou de vir a Pinda, depois houve o problema de saúde da Meire... Está tudo bem por aí? Gostaria muito que viesse conhecer a terrinha. Meu abraço saudoso ao casal.

 

              E finalizou com a trova:

 

 

Quem vive em lua-de-mel,

com o amor tanto se enleia,

que nem precisa de hotel

se houver rede e lua cheia.

 

 

(Em 03/03/09)

 

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GENTILEZA DE ESPOSA

 

              Mandei-lhe e-mail em que lhe dizia:

              Que bem me fez receber notícias suas mesmo através do e-mail! Eu o considero o irmão que não tive na presente encarnação e que admiro por suas qualidades morais e sensibilidade poética.

              Mais adiante, informei:

              A Meirezinha fez a sua primeira trova. Qual a nota que você dá para...

 

 

“Eu quisera ter o dom

de com trovas me expressar

pra dizer ao meu “bombom”:

- Não me canso de te amar!!!

 

 

(Em 12/05/09)

 

              ******

BOMBOM

 

              O comentário do Ouverney, em e-mail, foi o seguinte:

 

              “Quanto à Meirezinha trovadora... achei o seu trabalho muito bom. Bom duas vezes, isto é, bom bom! Também...

 

 

Tendo um professor atento,

a ensiná-la com amor,

Meirezinha, com talento,

desbancou o professor!”

 

 

(13/05/09)

 

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A MUDANÇA

 

              Meu e-mail “Até que enfim” informou ao Ouverney:

              A Meirezinha resolveu, no final de julho p.p., transferir nossa residência de Elói Mendes para BH.

              E acrescentei, entre outras coisas:

              Mando-lhe as trovas que fiz em setembro agora:

 

3041

Conheço alguém que precisa

(digo-o sem que os fatos torça),

de usar, mais do que camisa,

muita vez, cueca de força...

 

3045

Por meu carro conduzido

ou à pé, eu sou lesado:

com assalto, por bandido,

ou com multa, pelo Estado...

 

3042

Mais parece brincadeira

o mal da minha empregada.

Carregou tanta cadeira,

que ficou “descadeirada”...

 

3046

“Se a mão te escandalizar,

corta-a...” Mas, caso aconteça,

se escândalo me causar,

devo cortar a cabeça?

 

3043

- Com quantos homens você

já dormiu, ó minha amada?

- Tão-só contigo, porque

com outros fico acordada...

 

3047

A moral anda tão rota,

que hoje não mais se reclama:

é programa de garota

ser garota de programa..

 

3044

Você, que é homem de estudo,

duvide sempre, à vontade.

O papel aceita tudo,

mesmo que seja verdade...

 

3048

Jamais levantes a voz,

se a vida não vês tão bela.

Se ela não adapta a nós,

que a gente se adapte a ela.

 

(Em 05/10/09, às 10:20)

 

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EM ELÓI? EM BELZONTE?

 

              E-mail “Até que enfim”, em que me disse:

 

              “Fabiano, venha de lá um abraço bem apertado, rapaz! Bom te ler!

              De fato são muitas mudanças, rs

 

 

Se eu o procuro em Elói,

ele está lá em Belzonte.

- Como encontrar meu herói?

Se alguém souber... que me conte.

 

 

              O importante é tudo se encaixar no fim, não é mesmo? Suas trovas estão ótimas, como sempre. A 3043 me fez rir mais que as outras até. E a 3047 é filosófica: que sábia verdade!

 

              Encerrando... Recebi, há cinco minutos, através do Assis (que a recebera da Gislaine) a muito triste notícia de um acidente de automóvel neste sábado, dia 03, que vitimou de forma fatal o querido (maior sonetista do Brasil, para muitos, inclusive eu) MIGUEL RUSSOWSKY. Que Deus o tenha.

 

(Em 05/10/09, às 14:24)

 

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SEM MARINA

 

              Meu e-mail “Zé de Uberaba”, em que transcrevi:

              As últimas trovas minhas... por enquanto:

 

3062

Marina, nome que vem,

diversas vezes, de “o mar”,

mas, outras vezes, meu bem,

é derivado de “a...mar”.

 

3063

O papel tem um papel,

várias vezes, nada edênico.

Vejam o papel cruel

que tem o papel higiênico...

 

              E finalizei: Estou muito triste porque a Marina vai passar o mês de dezembro trabalhando em São Paulo. O meu consolo é que ela irá deixar, como substituta, sua irmã, a Renata. Vejamos...

 

(Em 27/11/09, às 9:54)

 

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SULTÃO?

 

              E-mail do Ouverney, em que ele me gozou:

 

 

-Minha vida é muito chata

caro Ouverney,não é não?

Meire, Marina, Renata...

Pareço até um sultão!

 

 

(Em 27/11/09, às 17:27)

 

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REENCARNAÇÃO

 

              Meu e-mail ao Ouverney, em que esclareci:

              1 – Desculpe-me se lhe causar espanto, ao lhe dizer o que adiante você vai ler.

              2 – Lembre-se de que, sendo espírita, sou reencarnacionista. E como tal, admito que o espírito pode, aqui na carne, ser homem ou mulher, nas suas várias e variadas existências, pertencente a categorias sociais diversas.

              3 – Você, na sua deliciosa trova, no último verso, disse: “pareço um sultão!”

              4 – Pois saiba que, segundo indícios e revelações mediúnicas, este seu humilde amigo TERIA SIDO, veja bem, TERIA SIDO...

              8 – A trova do dia:

 

3064

Não sei a razão por que

coração que ama, coitado!,

só por amar, sempre crê

que também vai ser amado.

 

(Em 28/11/09)

 

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O IN... SULTÃO

 

              E-mail, em que o Ouverney brincou comigo:

 

 

Há uma curiosa questão

que há bem pouco me ocorreu:

se o meu amigo é o Sultão,

saiba que o In...sultão sou eu!

 

 

(Em 06/12/09)

 

 

(CONTINUA...)