VAMOS CAPRICHAR NO PORTUGUÊS!
(texto do Prof. Renato Alves - UBT Rio de Janeiro, para o site www.falandodetrova.com.br)
(Consolidação das notas publicadas no Bol. Int. da UBT- Seção Rio até dezembro/2011)
Assunto I: Acordo Ortográfico
1. Trema: não existe mais! (Que bom!...)
Ex: aguentar , consequência, quinquênio, pinguim
Obs: Continua em nomes próprios e derivados: Müller, mülleriano
2. Acentuação: (Só houve mudanças para retirar! Que bom!...)
a) Ditongos "EI" e "OI" à DESAPARECE O ACENTO quando a palavra for paroxÍtona!
Ex: assembleia, plateia, panaceia, boia, heroico, eu apoio
Obs: Se a palavra for monossílaba ou oxítona o acento continua: dói, herói, anéis
b) Hiatos "OO" e "EE" à DESAPARECE O ACENTO!
Ex: Enjoo, voo, perdoo, creem, leem, reveem
c) Fim do acento diferencial: (já não era sem tempo!...)
Antes: pára (v.parar), pêlo (cabelo), pêra (fruta), pólo (extremidade)...
AGORA: para (verbo e prep.), pelo, pera, polo etc etc
Obs: MAS (Existe sempre um "mas"...) o acento diferencial permanecerá
em duas palavras: "pôde" (Pretérito Perfeito do verbo "poder") para diferenciar de "pode" (Presente do Indicativo do mesmo verbo) e no
infinitivo do verbo "pôr", para diferenciar da preposição "por".
Ex: Vê se pode! Ouvi por aí que, ontem, a galinha do Zé não pôde pôr ovos
porque os galináceos estavam em greve.
d) Fim do acento na letra "u" dos grupos "gue/gui/que/qui" (que havia em algumas formas verbais): Antes: ele argúi, apazigúe, obliqúe .........
Agora: ele argui, apazigue, averigue, enxague, oblique etc
e) Fim do acento no "i" e "u" tônicos quando precedidos de ditongos e em palavras paroxítonas: Antes: baiúca, feiúra, saiínha, cheiínho .........
Agora: baiuca, feiura, saiinha, cheiinho (MAS: Piauí, Tuiuiú = oxítonas)
3. Uso do HÍFEN – Casos em que não se usa mais o hífen:
a) Quando o prefixo termina em vogal (Ex: extra / anti / auto etc)
e a palavra seguinte inicia-se por "r" ou "s" (> "rr" ou "ss")
Antes: auto-retrato, ante-sala, supra-renal, contra-senso, ultra-som
Agora: autorretrato, antessala, suprarrenal, contrassenso, ultrassom
b) Quando o prefixo termina em vogal (Ex:contra / ante / semi etc) e a palavra seguinte inicia-se por outra vogal (diferente)
Antes: auto-escola, contra-indicação, auto-ajuda, intra-uterino
Agora: autoescola, contraindicação, autoajuda, intrauterino
MAS: Quando o prefixo termina em vogal e a palavra seguinte
começa por uma vogal igual ou por "h" è USA-SE o hífen
Ex: anti-inflamatório, anti-inflacionário, micro-ondas,
anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo
Casos em que não se usa o hÍfen
1.Em locuções de qualquer tipo: cão de guarda, café com leite, pão de mel, cor de abóbora,
à vontade, a cerca de.
2. Em palavras compostas em que se perdeu a noção de composição:
mandachuva, paraquedas, paralama, parachoque
Casos em o que hÍfen continua a ser usado
1. Palavras formadas por "ex"/ "vice"/"soto"/ "pré"/"pró"/"pós"/ "além"/ "aquém"/ "recém"/ “sem":
ex-marido, vice-presidente, pré-natal, pós-graduação, além-mar, recém-nascidos, sem-terra
2. Em palavras formadas por "circum"/"pan" + vogal,"m"ou"n"
pan-americano, circum-navegação
3. Em palavras compostas que não contêm elemento de ligação, mas constituem uma unidade, mantendo o acento próprio de cada elemento, ou, ainda, naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas:
ano-luz, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel
couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, beija-flor, bem-te-vi
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Assunto II: Alguns equívocos muito frequentes:
1. VER / VIR: É preciso cuidado para não confundir flexões destes verbos, principalmente no Futuro do Subjuntivo. Ex.:
-Se você vir alguma atitude suspeita na rua, comunique imedia- tamente ao distrito mais próximo. (Erro comum: Se você ver...)
-Pela presente carta, vimos comunicar a V.Sas... (Erro comum: Pela presente carta, viemos ...) Obs: Nós vimos (presente), nós viemos (passado-Pret.Perfeito)
2. Há / a: "Há" (Verbo haver) usa-se em frases que indicam tempo passado, sempre que possa ser substituída por "faz". "A" (preposição) nunca dá lugar a "faz". Ex:
Há dois meses não temos reunião na UBT.(Faz dois meses...)
Há muito não vejo os colegas. (Faz muito (tempo)...)
Daqui a dois anos teremos novas eleições.
O presidente eleito morreu a uma semana de tomar posse.
3. MAL/ MAU:
"Mal" é o contrário de BEM, "mau" é o contrário de BOM.
Ex.: Ela estava se sentindo mal porque foi mal na prova cujas perguntas estavam mal formuladas. No entanto, acho que seu mau resultado deve-se ao mau hábito que tem de só estudar na véspera da prova.
4. onde / aonde:
"Onde" usa-se com verbos que NÃO dão ideia de movimento.
"Aonde" usa-se com verbos de movimento (ir, vir, chegar etc)
Ex: Sei onde você mora, mas não sei aonde você vai todo dia.
5. absolver / absorver:
"Absolver" é inocentar, perdoar; "Absorver" é consumir, sugar
Ex: O réu foi absolvido pelo tribunal do júri.
O algodão é hidrófilo porque absorve a água.
6. acender / ascender:
"Acender" é pôr fogo. Ascender” é subir, elevar-se.
Ex.: Sua volta reacendeu a velha chama do nosso amor.
Em pouco tempo ele ascendeu ao cargo de juiz
7. aferir / auferir:
"Aferir" é conferir, comparar; "auferir" é obter, colher.
Ex: Os taxímetros devem ser aferidos semestralmente para que os taxistas aufiram o justo valor pelo serviço prestado.
8. caçar / cassar:
"Caçar" é perseguir, capturar; "cassar" é anular, retirar
Ex.: Depois de ter os seus direitos políticos cassados, o ex-deputado foi caçado por todo o país pela Polícia Federal.
9. censo / senso:
"Censo" é o mesmo que recenseamento, contagem. "Senso" é raciocínio, juízo, faculdade de sentir, apreciar.
Ex: Pelo último censo, o Brasil tinha quase duzentos milhões de habitantes. É preciso ter bom senso para governar um país com estas dimensões.
10. CELA / SELA:
"Cela" é pequeno quarto de dormir; "sela" é um arreio, assento usado para montar-se um animal.
Ex:São Francisco, em sua cela, morreu cantando um salmo.
11. A vírgula: oportunamente, comentaremos aqui alguns erros muito comuns no emprego da vírgula. No momento, vamos ver a importância dela. Por exemplo:
- UMA VÍRGULA... pode alterar uma opinião ou uma ordem:
Não queremos saber! / Não, queremos saber!
Não espere! / Não, espere!
Isso só, ele resolve. / Isso, só ele resolve.
- O USO DA VÍRGULA... pode variar de acordo com o falante:
Diz o homem : Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria sempre à sua procura.
Diz a mulher: Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria sempre à sua procura.
12. A vírgula: A vírgula é um sinal que indica pequena pausa na leitura, mas sobretudo mudança na entoação da frase. Esta mudança de entoação pode alterar o significado da frase. Veja:
Se eu digo: "Minha irmã que mora em Santos vai chegar hoje." (= Eu tenho mais de uma irmã, uma delas moradora de Santos...)
Se eu digo: "Minha irmã, que mora em Santos, vai chegar hoje." (= Eu só tenho uma irmã e esta irmã única mora em Santos.)
13. A vírgula: Casos em que a vírgula deve ser usada:
a) Para separar palavras da mesma classe gramatical numa enumeração, exceto antes da conjução "e": Trouxemos caderno, lápis, borracha, caneta e uma régua.
b) Antes de conjunção coordenativa, exceto e e nem (Qdo aditivas):
Ela queria falar, mas não conseguia. Penso, logo existo. Traga o guarda-chuva, pois vai chover. Ele concorreu e foi bem classificado.
Obs: Se o "e" for adversativo (=mas), também admite a vírgula.
Eu queria falar, e (mas) não conseguia. Pensa uma coisa, e diz outra.
c) Para separar vocativos, apostos, expressões explicativas:
Trovadores, honrai o legado de Luiz Otávio! (Vocativo)
O Rio, Cidade Maravilhosa, foi o berço da UBT. (Aposto)
Ele não pôde, ou melhor, não quis vir à reunião. (Exp.Explicativa)
d) Para separar o nome das localidades, nas datas:
Rio de Janeiro, 30 de junho de 2010.
e) Para separar conjunções adversativas ou conclusivas (porém, pois, portanto...) quando no meio das frases:
Fiquei triste com o resultado; não estou, porém, decepcionado.
Sua trova não era inédita e, por isso, ele foi desclassificado.
f) Para separar orações que venham antes ou no meio da principal:
Feita a trova, fui levá-la imediatamente ao correio.
O trovador, quando quer, consegue produzir boas trovas.
Agindo assim, você estará sempre cercado de amigos.
14. A vírgula – Erros mais frequentes em seu uso:
1. Colocar vírgula entre o sujeito e seu verbo, ou entre o verbo e seu complemento:
O Rio de Janeiro, continua lindo!
O público aplaudiu, os trovadores premiados.
2. Antes de "etc." não se deve usar vírgula porque a expressão significa "e outras coisas".
Comprou vários itens de material escolar: cadernos, livros, lápis, borracha etc.
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Assunto III: Alguns lembretes práticos
Há pequenas coisas no uso da língua que, às vezes, nos fazem tropeçar. Vamos lembrá-las:
1. GRAMA (peso) é palavra masculina. Portanto, devemos dizer:
O grama do ouro está valorizado. (Do mesmo modo: um grama, duzentos gramas, quinhentos gramas etc)
2. champanha ou CHAMPANHE (do francês "champagne") são palavras masculinas. Ex: Gostei muito desse champanha francês.
Mas o sinônimo "Champanhota" é feminino! > A champanhota
3. AFIM / A FIM DE: "afim" plural: "afins" é o que apresenta afinidade, semelhança. Ex: Temos objetivos afins. Palavras afins etc
A locução "a fim de" > indica propósito, finalidade. Ex: Frequento a escola a fim de aprender. (Equivalente à preposição "para")
4. SÓ no PLURAL: Dentre outras, só se empregam com a forma de plural as seguintes palavras: os óculos, as núpcias, as olheiras, os parabéns, os pêsames, as primícias, os
víveres, os afazeres, os anais, os arredores, as fezes, as hemorroidas etc.
5. Pontuação: Usa-se vírgula antes da conjunção "e" quando os sujeitos das orações ligadas por ela forem diferentes.
Exemplo: A mulher entrou na loja em liquidação, e o marido protestou.
(Sujeito de "entrou" = a mulher / Sujeito de "protestou": = o marido)
6. Adjetivos especificativos de origem latina
(Lembramos que seu uso valoriza o estilo, evitando a repetição enfadonha de preposições)
Honorários de advogado: Honorários advocatícios
Atividades de alunos: ... discentes
Atividades de professor: ... docentes
Rosto de anjo: ... angelical / angélico
Animal de asas: ... alado
Teimosia de asno: ... asinina
Casa do bispo: ... episcopal
Residência do arcebispo: ...arquiepiscopal
Vida no campo: ... rural / campesina / campestre
Vida na cidade: ... urbana / citadina
Estátua de cavalo: ... equestre
Águas da chuva : ... pluviais
Águas do rio: ... fluviais
Referente a rio: ... fluminense
Céu de chumbo (fig.): ... plúmbeo
História da Idade Média: ... medieval
Ataque do coração: ... cardíaco (radical grego)
Saudação de coração: ... cordial (radical latino)
Dor nas costas: ... lombar
Teoria de Descartes: ... cartesiana
Atitudes de criança: ... infantis / pueris
Brilho das estrelas: ... estelar
Amor de filho: ... filial
Amor de irmão: ... fraternal / fraterno
Pedra de fogo: ... ígnea
Som da garganta: ... gutural
Veia do pescoço: ... veia jugular
Agilidade de gato: ... agilidade felina
Zona de gelo: ... glacial
Música de guerra: ... marcial
Armamento de guerra: ... bélico
Faixa de idade: ... etária
População da ilha: ... insular
Ventos de inverno: ... hibernais
Porto do lago: ... lacustre
Ácido de limão: ... cítrico
Uivos de lobo: ... lupinos
Lábios de lebre: .. .leporinos
Plantas de pântano: ... palustres
Produto do paraíso: ... paradisíaco
Manchas da pele: ... epidérmicas
Depilaçao das pestanas: ... ciliar
Ferida com pus: ... purulenta
Nervo dos quadris: ... ciático
Seres da Terra (planeta) ... terráqueos
Transporte sobre a terra ... terrestre
Força da terra (solo) ... telúrica
Chiado de rato: ... murino * (* "muris" = rato (latim), donde veio também
"muri cecu" (= rato cego) > morcego)
7. Presidente ou presidenta ?
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente...
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.
Diz-se estudante e não "estudanta"; adolescente e não "adolescenta"; paciente e não "pacienta". Portanto, devemos dizer também "presidente", mesmo para uma mulher.
(Dilma Ribeiro Suero)
OBSERVAÇÃO: Talvez pelo uso repetido, os dicionários já registram a forma "presidenta" como feminino de "presidente", mas continuam classificando "presidente" como "subst. de 2 gêneros", ou seja, podemos dizer o presidente para homem e a presidente para mulher. Portanto, façam sua escolha!
(Observação de Renato Alves)
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Assunto IV: Pequenos lembretes de grande utilidade
1 - "Custas só se usa na linguagem jurídica" para designar despesas feitas no processo. Portanto, devemos dizer: "O filho vive à custa do pai".
2 - Não existe a expressão "à medida em que". Ou se usa “à medida que” (= à proporção que), ou se usa “na medida em que” (= tendo em vista que...)
3 – Diga "a meu ver" (= no meu ponto de vista) e não: “ao meu ver”.
4 - "A princípio" significa inicialmente, antes de mais nada: Ex: A princípio, gostaria de dizer que estou bem. "Em princípio" quer dizer “em tese": Em princípio, todos concordaram com isto!
5 - "À-toa" (com hífen), é um adjetivo e significa "inútil", "desprezível". Ex: Esse rapaz é um sujeito à-toa. "À toa", (sem hífen), é uma locução adverbial e quer dizer "a esmo", "inutilmente". Ex: Andava à toa na vida.
6 - Com a conjunção “se”, deve-se utilizar “acaso”, e nunca caso. O certo é: "Se acaso você vir meu amigo por aí, diga-lhe..." Também podemos dizer: "Caso você veja meu amigo..."
7 – “Acerca de” quer dizer “a respeito de”. Veja: Falei com ele acerca de um problema matemático. Mas “há cerca de” é uma expressão em que o verbo haver indica tempo transcorrido, equivalente a faz. Veja: Há cerca de um mês que não a vejo.
8 - Não esqueça: “alface” é substantivo feminino. A alface está bem verdinha.
9 – Além, aquém, recém, sem pedem sempre o hífen quando formam outras palavras: além-mar, aquém-fronteiras, recém-nascidos, sem-teto.
10 – “Algures” quer dizer “em algum lugar”. Já “alhures” significa “em outro lugar”.
11 - Palavras que conservam o timbre fechado do “o” tônico no plural: 'almoços', 'bolsos', 'estojos', 'esposos', 'sogros', 'polvos' etc
(Diferente de: olhos, ovos, portos, caroços, fogos, impostos, miolos etc)
12 - O certo é “alto-falante”, e não “auto-falante”.
13 - O certo é 'alugam-se casas', e não “aluga-se casas”. Mas devemos dizer precisa-se de empregados, trata-se de problemas. Observe a presença da preposição (de) após o verbo. É a dica pra não errar.
14 - Depois de ditongo, geralmente se emprega x.. Veja: 'afrouxar', 'encaixe', 'feixe', 'baixa', 'faixa', 'frouxo', 'rouxinol', 'trouxa', 'peixe', etc.
15 - Ancião tem três plurais: 'anciãos', 'anciães', 'anciões'.
16 - Só use ao 'invés de' para significar 'ao contrário de', ou seja, 'com ideia de oposição'. Veja: Ela gosta de usar preto ao invés de branco. Ao invés de chorar, ela sorriu. “Em vez de” quer dizer em lugar de. Não tem necessariamente a ideia de oposição. Veja: Em vez de estudar, ela foi brincar com as colegas. (Estudar não é antônimo de brincar).
17 - Use “aterrissar” e não “aterrisar” ou “aterrizar”.
18 - Não existe “preço barato” ou “preço caro”. Só existe preço alto ou baixo. O produto, sim, é que pode ser caro ou barato'. Veja: Esse televisor é muito caro. O preço desse televisor é alto.
19 - Use sempre o hífen na expressão BEM-VINDO.
20 - Não se emprega hífen depois de bi, tri, tetra, penta, hexa...
Ex: O Brasil foi bicampeão em 1962 e pentacampeão em 2002.
21- “Revista bimensal” é uma revista publicada duas vezes por mês.
“Revista bimestral” sai nas bancas de dois em dois meses.
22- A primeira pessoa do presente do indicativo do verbo caber é “caibo”:
Não caibo em mim de contente quando te vejo passar...
23- O mandato do senador foi cassado, mas o leão foi caçado .
24 - Pouca gente tem coragem de usar, mas o plural de “caráter” é “caracteres”. Por ex: Ele é um bom-caráter, mas seus irmãos são maus-caracteres.
25 - Use o hífen em “cartão-postal” e “cartão-resposta”, mas não use em:
“cartão de crédito” e “cartão de visita”;
26 - Verbos formados de palavras primitivas com “s” > grafam-se com “s”:
Análise>analisar, liso>alisar, pesquisa>pesquisar, aviso>avisar;
Verbos formados de palavras primitivas sem “s” > grafam-se com “z”:
Tranquilo>tranquilizar, profeta>profetizar, real>realizar *
*Obs: Um dos sufixos formadores de feminino é “ISA”. Daí: Profeta>profetisa
Mas as flexões do verbo “profetizar” grafam-se com “z”: profetizo, protizas, Logo, está correta a frase: A profetisa profetiza o fim do mundo.
27 - O que é um Palíndromo ? - palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.
Exemplos: OVO, OSSO, RADAR. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja mais difícil de conseguir quanto maior a frase:
Ex: SOCORRAM-ME, SUBI NO ÔNIBUS EM MARROCOS .
28 – Palavras paroxítonas terminadas em -n recebem acento gráfico, mas os plurais terminados em -ns não recebem: hífen > hifens, pólen>polens
(Obs: “Item”(termina em “m” e não “n”) não leva acento; nem o plural “itens”.)
29 – O verbo “intervir” conjuga-se por “vir”, portanto, o correto é:
O Governo interveio na Economia. E não: interviu
30 – A palavra “libido” é feminina. Daí: a libido, minha libido etc
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Curiosidade: Expressões idiomáticas com elementos alimentícios:
Já notaram a rica variedade destas expressões que enriquecem a língua? Por exemplo: No frigir dos ovos tudo dará certo, você vai ver! (= no fim de tudo) .
Veja, agora, um texto com algumas expressões “alimentícias”:
Se surgir alguma dificuldade, o jeito é meter a mão na massa e descascar logo o abacaxi. Não adianta chorar sobre o leite derramado, nem mandar tudo às favas; o negócio é cozinhar o assunto em banho-maria enquanto, aos poucos, colhem-se as informações, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo. No entanto, não se pode ficar indefinidamente enchendo linguiça, porque se corre o risco de trocar alhos por bugalhos, e aí o caldo entorna , a gente pode meter o pé na jaca e tudo vai virar um angu de caroço. (Adaptação de texto da Internet)
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