João Figueiredo - Rio de Janeiro

   Nascido em 16 de setembro, o poeta fazia parte da UBT Cidade do Rio de Janeiro.

Num país que se consome
em jogo, roubos, cobiça,
muitos choram por ter fome     (3º lugar Cachoeiras de Macacu/RJ - 1994)
e muitos mais por justiça.

Loucos de amor, miam tontos,
a gata com o gato atrás...
Ó bichana, entregue os pontos     (5º lugar em Nova Friburgo - 1986)
e vamos dormir em paz.

Tão perdidos na distância,
a lembrar dias risonhos,
são as cantigas da infância,
que embalam hoje os meus sonhos.     (Menção Especial Nova Friburgo - 1986)

A onda, qual acrobata,
galga o rochedo e, ao luar,     (Menção Honrosa no Rio de Janeiro - 1986)
lembra colunas de prata
que se desfazem no mar.

Quisera ter e não nego,
entre amigos sempre à mão,     (Menção Honrosa em Tambaú/SP - 1985)
a confiança que um cego
deposita no seu cão.

Irmão é quem, na medida,
provê sempre em hora certa,     (Menção Honra em Vila Isabel/RJ - 1984)
e nas borrascas da vida
nos deixa uma porta aberta.

Que saudade (ah, e hei de tê-las)     (10º lugar em Pouso Alegre/MG - 1981)
do banco, de cada flor...
do céu - um manto de estrelas...
da praça - um ninho de amor!