Judas Isgorogota (Agnelo Rodrigues de Melo) nasceu em Lagoa da Canoa, Alagoas, (1921) viveu em Maceió, mudou-se aos 23 anos para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo onde ganhou projeção internacional e veio a falecer em 1979. Publicou 15 livros de poesias, uma novela e cinco de poesias infantis. Parte de sua obra poética traduzida para vários idiomas (francês, inglês, alemão, espanhol, italiano, húngaro, árabe, checo e lituano). Com toda essa bagagem é quase um desconhecido em sua terra. (transcrito do endereço: http://jac-versoreverso.blogspot.com/2008/10/poema-de-judas-isgorogota…).
NOTA DO SITE www.falandodetrova.com.br : Seu livro "A árvore sempre verde" é imperdível. Entre uma infinidade de lindos poemas, conseguimos localizar algumas trovas, a maioria com rimas simples
As tuas rosas vermelhas
levei-as ao meu jardim.
Nunca vi tantas abelhas
voando em torno de mim!
Jove, respeita a velhice
porque a mocidade é vã...
E lembra que se hoje és moço,
serás velhinho amanhã...
Minha mãe pediu-me um beijo.
Fui correndo e lhe dei dois.
ela sorriu de contente...
Perdi a conta depois!
Há duas classes de amor,
cada qual mais diferente:
- uma, o amor que a gente ama,
- outra, o amor que ama a gente...
O teu nome eu amaria,
Maria, mesmo em desgraça.
Minha madrinha é Maria,
Maria cheia de graça...
Dizem que há sorte madrasta;
mas é verdade sabida
que se há madrasta no mundo,
não é a sorte - é a vida...