Luna Fernandes

     LUNA FERNANDES: brilhante poeta/trovador, do Rio de Janeiro, nascido no dia 16 de outubro de 1944.

Jurei não te procurar...
jurei, mas quebrei a jura...                   (1° lugar Nova Friburgo - 1988)
quem ama pode jurar
não procurar, mas... procura.

Não me queixo se, de dores,           (Menção Honrosa UBT Rio de Janeiro - 1990)
minha vida hoje é repleta,
pois sofrer plantando flores
é destino de poeta...

Tem calma, velhice, aguarda!        (co-vencedora em Rio Novo/MG - 1988)
Não venhas me ver ainda!...
Que não receies ser tarda,
porque nem tarda és bemvinda...

Talvez porque eu cante tanto
o mesmo amor, há quem diga
que essas cantigas que eu canto
são sempre a mesma cantiga...

A glória, após a partida,
não nos traz paz nem conforto:     (Menção Especial em Ribeirão Preto - 1997)
quero ser mortal... com vida!
E não imortal... e morto!

Nos domínios de Afrodite
ninguém fica ileso a nada...
Pois, neles não há limite
que algum amor não invada...

Eu e a vida estamos quites
pois, se de modo severo,
a vida me impõe limites,
eu, quase sempre os supero...

Meu coração, tem cuidado.
No amor, não te precipites
pois, o amor é ilimitado
mas tu tens os teus limites...

Por mais que julguem bisonhos
teus sonhos, nunca os evites
e nem limites teus sonhos...
que os sonhos não têm limites.

O carrilhão, com sonoras
e compassadas batidas,
marca o limite das horas...
Marca o limite das vidas...

Por mais que estude e medite
sobre os mistérios do Além,
verá que existe um limite
que ninguém passa... Ninguém!

Para não ter frustrações
de insucessos e fracassos,
eu limito as ambições
ao limite dos meus passos...

É a nossa vida, em resumo,
uma estrada em que se passa,
da qual só se traça o rumo...
O limite, é Deus quem traça.

Embora eu lute e me agite
nesse afã, pelo pão-nosso...
eu sei que existe um limite
entre o que eu quero e o que eu posso...

Há de ter sonhos pequenos
todo aquele que acredite
que, nos limites terrenos,
a vida tem seu limite.

DE  BOM  HUMOR!

Fogosa, a "gata", no leito,      (co-vencedora UBT Rio de Janeiro - 1990)
já fez tudo o que sabia...
E o velho, "do mesmo jeito",
comenta: "Que teimosia!'...