Marilúcia Rezende

       MARILÚCIA REZENDE, filha de Adalberto Dutra de Rezende e de Terezinha de Jesus Rezende, nasceu em São Paulo / SP, no dia 29 de junho de 1950.  Filha de poeta, trouxe a poesia no sangue e na alma. .....Marilúcia é médica pediatra, formada pela Faculdade de Pouso Alegre / MG. Em 1999 sagrou-se "Magnífica Trovadora" em Nova Friburgo, no gênero "líricas e filosóficas", com o maior mérito já visto em alguém que arrebanhou tal título. Precisando colocar três trovas, durante três anos consecutivos, entre as "10 Mais", conforme reza o regulamento, colocou nada menos que oito, fechando com chave de ouro o triênio 97/98/99! .....Antes disso, já obtivera um 2º lugar em 1990, no tema "Lembrança"

------------------------------------------------------------------------------- ESPECIAL:
Meu herói agora vai
ser estrela aos olhos meus...
E eu peço a Deus que é meu Pai,
cuidar do pai que é meu deus!...

(AO PAI ADALBERTO DUTRA DE REZENDE, NO FINAL DE 1999. FALECEU JUSTAMENTE NO ANO EM QUE A FILHA OBTEVE A GRANDE CONQUISTA)

01
Resisto... mas, distraída,
minha razão nem percebe                             (1º lugar Nova Friburgo 1992)
quando a emoção atrevida
abre a porta... e te recebe!
02
Teu retrato, enraivecida,
eu rasguei, sem embaraços...                         (1º lugar Nova Friburgo 1993)
mas a saudade, atrevida,
juntou de novo os pedaços!...
03
Em festa, feito criança
vou, impetuosa e atrevida,
equilibrando a esperança
na corda bamba da vida...
04
Minhas mágoas mando embora,
bem antes que a dor se agrave...                        ( Friburgo 1997=2o. lugar)
Jogo a tristeza lá fora,
tranco a porta... e escondo a chave.
05
Eu suplico: "volte breve,"
num bilhete ... e na verdade,                          (4o. lugar Friburgo - 1999)
a esperança é quem escreve
e quem assina é a saudade!...
06
Lembranças do meu passado,
tempos felizes, risonhos...                                (2º lugar Friburgo 1990)
O baleiro era encantado
e os doces chamavam sonhos...
07
Num murmúrio derradeiro,
eu peço ... quase indefesa,                                       (Niterói 1993)
que o destino trapaceiro
não roube as cartas da mesa! ...
08
Rosário de várias contas...
destino que eu sigo só...
O sonho afrouxando as pontas                                  (Niterói 1997)
e a vida apertando o !...
09
Voltaste... fim da ansiedade...
na casa, o som dos teus passos...
Fica mais pobre a saudade,                                          (Niterói 1999)
na fortuna dos teus braços!...
10
O meu mundo é afortunado
e a vida não me desmente...
mora a esperança ao meu lado,,                                    (Niterói 1999)
moram meus sonhos em frente!...
11
Afortunada lembrança,
do meu passado risonho...
Quando eu chamava a esperança,                                   (Niterói 1999)
quem respondia era o sonho!...
12
Foste embora e por maldade                         (6º lugar Caicó/RN - 2008)
deixaste a troco de nada,
rastros da tua saudade
em cada curva da estrada!...
13
Meu coração persistente,
fingindo que não sofreu,
segue atrás do sonho ausente,                              (ME Bandeirantes 1993)
que a realidade escondeu!...
14
Penso te ouvir na ansiedade                            (M.Honrosa Friburgo 1998)
e na dúvida, sem jeito,
abro a janela...é a saudade,
suspensa no parapeito! )
15
Se voltas, não sei ao certo,                                  (M.Honrosa Friburgo 1998)
mas a emoção sem cautela,
deixa a esperança por perto,
rondando a minha janela!
16
Ontem rompemos os laços                                   (Venc. Barra do Piraí 1992)
e a saudade, por magia,
me faz ouvir os teus passos
por toda a casa vazia!...
17
"Palavra, não volto atrás!"                    (Menção Honrosa 'Vilas de Portugal" - 1991)
E deixei-te com firmeza...
Mas um grande amor desfaz
até a própria certeza!...
18
É tanto amor, tanto enlevo                  (Menção Honrosa 'Vilas de Portugal" - 1991)
hoje presente ao teu lado,
que nem ao menos me atrevo
a ter futuro ou passado!...

HUMORÍSTICAS

Até na pressa ele é franco...                 (co-vencedora UBT SP - 1998)
Num raciocínio ligeiro,
coloca as malas no banco
e a sogra no bagageiro!...

Uma trágica arapuca
foi armada ao pobre Zeca...                              (M. Honrosa Friburgo 1991)
Meteu a mão em cumbuca
e entrou no céu de cueca.