XLI Jogos Florais de Niterói - 2011

XLI JOGOS FLORAIS DE NITERÓI -  2011

CONCURSO  NACIONAL = TEMA:  "MEMÓRIA" (lírico/filosóficas)
(Comissão Julgadora:  Edmar Japiassú Maia, Elen de Novais Felix, Gilvan Carneiro da Silva, Joana D'Arc da Veiga, Maria Nascimento Santos Carvalho, Maria Madalena Ferreira e Renato Alves)

VENCEDORES

"Volta, amor!" - Esse é o chamado
da saudade, ao ver-te ausente -
"Em memória do passado,
eu te peço este presente."
WANDA DE PAULA MOURTHÉ - BH

Revendo o resto da história
do nosso amor, eu senti
que apagaste da memória
o que eu jamais esqueci...
MARINA BRUNA - SP

Depois de uma certa idade
fui te esquecendo, meu bem;
chega um  tempo em que a saudade
perde a memória também!
JOSÉ OUVERNEY - Pindamonhangaba

Quero apagar nossa história
mas não te esqueço um momento.
Como tirar da memória
quem não sai do pensamento?
ARLINDO TADEU HAGEN - BH

Seu amor foi pesadelo,
mas, dos meus sonhos não sai...
Sempre que tento esquecê-lo,
minha memória... me trai!
THEREZINHA DIEGUEZ BRISOLLA - SP

MENÇÕES   HONROSAS

Nunca serás esquecida,
porque tens a permissão
de sair da minha vida...
Da minha memória... não!
JOSÉ TAVARES DE LIMA - Juiz de Fora

Traz à memória o acalanto
da saudade com seus laços
o tempo que, por encanto,
dá marcha-à-ré nos seus passos.
RELVA DO EGIPTO REZENDE SILVEIRA - BH

Pode ir embora, querida...
Que eu guardo a dor compulsória
de ter que arrancar da vida
quem tatuei na memória...
MANOEL CAVALCANTE DE S. CASTRO - Pau dos Ferros/RN

Memória, baú fechado,
onde eu guardo quase tudo,
e agora tem se negado
a mostrar seu conteúdo.
MARTA MARIA DE O. PAES E BARROS - SP

É o desejo que me impele
quando você se insinua
porque eu guardo em minha pele
toda a memória da sua!
ARLINDO TADEU HAGEN - BH

Cego, não vejo as estrelas,
contudo, sem enxergá-las,
na memória posso vê-las
reluzindo enquanto falas.
DULCÍDIO DE BARROS M. SOBRINHO - Juiz de Fora

O nosso amor teve fim
mas ficaste em minha história,
pois te vejo junto a mim
pelos olhos da memória.
WANDA DE PAULA MOURTHÉ

Da memória eu sou refém,
empenhado em luta inglória:
tentar me esquecer de quem
jamais me sai da memória...
DARLY OLIVEIRA BARROS - SP

Para o poeta a verdade
se encadeia, em sintonia:
Memória vira saudade,
saudade gera poesia.
VANDA FAGUNDES QUEIROZ - Curitiba

Ai de quem guarda um pecado
escondido em sua história.
Não há peso mais pesado
do que o fardo da memória!
ARLINDO TADEU HAGEN

MENÇÕES  ESPECIAIS

Tu  mesma ergueste a muralha...
Mas lutei, chorei... venci.
Se a memória não me falha,
acho até que te esqueci!
ANTONIO CARLOS TEIXEIRA PINTO - DF

Vai o tempo, vem a idade
e. na memória da gente,
velha ponte da saudade
liga o passado ao presente!
HÉRON PATRÍCIO - SP

Bem na memória guardados:
meus pais, a infância modesta
e aqueles sérios recados
em simples franzir de testa...
NEWTON VIEIRA - Curvelo/MG

Memória, livro da mente
pela vida escriturado.
A leitura no presente
são escritas do passado.
DULCÍDIO DE BARROS M. SOBRINHO
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CONCURSO  ESTADUAL = TEMA:  "RANCHO" (lírico/filosóficas)
(Comissão Julgadora:  Arlindo Tadeu Hagen, Domitilla Borges Beltrame, Elbea Priscila de S. e Silva, Flávio Roberto Stefani, José Tavares de Lima, Pedro Mello, Selma Patti Spinelli e Wanda de Paula Morthé)

VENCEDORES

A lua a se lamentar
por nosso amor acabado,
chora gotas de luar
sobre o rancho abandonado.
ALMERINDA LIPORAGE - RJ

Nosso rancho amargurado,
sucumbindo à realidade,
hoje é um retrato falado,
que a vida fez da saudade.
ALMERINDA LIPORAGE

Paraíso sem fronteira
em nosso rancho, o calor
não emana da lareira
e sim da chama do amor.
ÉLEN DE NOVAIS FÉLIX - Niterói

Riso... brinquedo... alegria...
sons perdidos na distância.
Saudosa fotografia
do rancho de minha infância.
ADILSON DA SILVA MAIA - Niterói

Na pacata dependência
do sertão, meu peito astuto
hoje é rancho e residência
do teu coração matuto!
AILTO RODRIGUES - Nova Friburgo

Meu rancho ficou deserto
após sua despedida,
porque sem você por perto
nem minha vida tem vida.
MARIA NASCIMENTO S. CARVALHO - RJ

MENÇÕES   HONROSAS

Sonhos dourados desmancho...
Meu coração enfim vê
que às vezes, ventura, é um rancho
de chão batido e sapê...
GILVAN CARNEIRO DA SILVA - São Gonçalo

O rancho velho, inclinado,
que o vento não derrubou,
guarda o resto de um passado
que finge que não passou...
MARIA NASCIMENTO S. CARVALHO

Foi ela... Eu sei, é um garrancho
esse "EU TE AMO" escrito assim...
Mas isso faz do meu rancho
um castelo para mim!
GILVAN CARNEIRO DA SILVA

Quando a noite abre a cortina
a lua brinca nos campos
e o meu rancho se ilumina
de estrelas e pirilampos.
ÉLEN DE NOVAIS FÉLIX

É noite... a porteira range
no rancho, à beira da estrada
e o luar, saudoso, tange
os clarões da madrugada!
RODOLPHO ABBUD - Nova Friburgo

Luando a noite conduz
ao mais denso dos negrumes,
meu rancho brilha na luz
do piscar dos vagalumes.
ALMERINDA LIPORAGE

Sobraçando a rede o gancho,
o roceiro - olhar incréu -
sai, expulso, de seu rancho,
por um novo arranha-céu!...
MARIA MADALENA FERREIRA - Magé

Recuso teus palacetes,
porque é de amor que preciso...
E não cabe em teus tapetes
o pó do rancho onde piso!
EDMAR JAPIASSÚ MAIA - RJ

Nosso ranchinho foi messe
de muito amor e poesia...
Hoje a saudade amanhece
no canto em que ela dormia!
EDERSON CARDOSO DE LIMA - Niterói

MENÇÕES  ESPECIAIS

Não possuo "eira nem beira",
meu ranchinho é de sapê,
tenho um amor e uma esteira
e um tesouro que é você!
ALBA HELENA CORRÊA - Niterói

No humilde rancho em que vivo
a cuidar do nosso amor,
cada dia é mais festivo
do que o dia anterior!
JOÃO  FREIRE FILHO - RJ

Nosso rancho abandonado,
você, a rede, o luar,
são lembranças de um passado
que não deseja passar!
RODOLPHO ABBUD

Este rancho já foi belo
quando um grande amor continha.
Hoje me lembra um castelo
que perdeu sua raínha.
ANTONIO CARLOS RODRIGUES - São Gonçalo

É pequenino meu rancho,
mas, de ternura tão farto...
Que uma rede presa ao gancho
enche de amor nosso quarto!
CLENIR NEVES RIBEIRO -  Nova Friburgo

O sol vem... E faz algumas
distinções em seu caminho:
deixa um Palácio entre brumas,
cobre de luz um ranchinho.
GILVAN CARNEIRO DA SILVA

Num recanto bem singelo,
sem luxo ou bens de valor,
meu rancho vira um castelo
quando reina o teu amor!
ELISABETH SOUZA CRUZ -  Nova Friburgo

Na roça a mão da queimada
deixa meu rancho em ruína
e a lavoura devastada
chora um pranto de resina.
ADILSON DA SILVA MAIA

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postado em 29.11.2011, crédito do site www.falandodetrova.com.br