MARIA DA CONCEIÇÃO ANTUNES PARREIRAS ABRITTA
nasceu em Crucilândia/MG no dia 19 de dezembro e era radicada em Belo Horizonte, casada com o também poeta Luiz Carlos Abritta, ambos atuantes dirigentes do movimento trovístico. Entre prosa e poesia, mais de uma dezena de livros publicados. Presidiu, inúmeras entidades. Falecida no dia 29 de abril de 2015, após longa enfermidade.
Não desanime, trabalhe,
combata o mal, queira o bem... (ME Niterói 2001)
Pois o bom, mesmo que falhe,
é sempre luz para alguém!
Mil lembranças desmaiadas
nesta imagem solta ao vento:
teus olhos, contas rezadas
no terço do pensamento.
A cortina solta ao vento
dança, insone, o seu bailado:
- revolve o velho aposento
e os segredos do passado.
Na balança deste mundo,
pesa mais que seu talento,
ser honesto, ser profundo,
ser direito em pensamento.
A brisa passou cantando,
e trouxe, com seus enleios,
teu rosto, em sonho, singrando
as águas dos meus anseios.
Transformei em lindo adorno
os ritos do meu sonhar...
Andei, vaguei sem retorno,
me acampei no teu olhar.
Em nossos dedos, ternura,
lindo troféu de esplendor;
anel que tem espessura
e o brilho do nosso amor.
Lá no alto, bem escondido,
no velho tronco que o enlaça,
um coração esculpido
veste a ramagem da praça.