PAPO-CALCINHA
Talvez a Rosinha de que vou lhes falar seja apenas um “faz-de-conta”; uma imagem que o poeta projetou num rasgo (ou seria rasgão?) de inspiração. Mas a possibilidade de que ela exista também é muito forte. Eu diria até, projetando essa imagem mais além, que temos milhares de Rosinhas por aí, aventurando-se por caminhos e quintais obscuros, em busca de emoções que só mesmo uma “escapada” extraconjugal poderia lhe proporcionar.
Foi muito feliz o poeta quando, na simplicidade “humorótica” dos seus versos, captou a “escorregada” de nossa heroína, ao tentar sair, incólume, do palco dos acontecimentos.
Tão feliz foi sua “captação”, que a trova obteve 1º lugar no tema proposto, na categoria “Humor”. Obviamente, trovadores de plantão (como eu, por exemplo), não costumam perder a chance de brincar, também, com a ocorrência. São as chamadas “trovas de ocasião”.
Juntamente com meus cumprimentos ao Luiz Henrique, pelo honroso feito, peço-lhe que acolha humildemente a minha réplica, bem como esse texto que a sua trova acabou me sugerindo. Publico, na sequência, a trova vencedora:
TEMA: “CERCA” = 1º LUGAR EM RIBEIRÃO PRETO – 2013
Na cerca ficou provado
o adultério de Rosinha:
ficou no arame farpado
um pedaço da calcinha.
AUTOR: LUIZ HENRIQUE DOS SANTOS - Pindamonhangaba
e a minha despretensiosa réplica:
Porém, recurso lhe cabe
e está tranquila a Rosinha,
pois qualquer vizinho sabe
que ela nunca usou calcinha!
Desejo a você, querido/a leitor/a, um excelente feriado. E… nada de sair por aí pulando cerca, ou as consequências virão!
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texto de José Ouverney, publicado em 25.08.2013
(Veja mais textos do autor em http://www.falandodetrova.com.br/ouverneyconverso)