Renato Alves

RENATO ALVES, nascido no Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1939, é filho do carioca Alberto Alves e da portuguesa Maria Thereza Alves. Licenciado em Letras pela Universidade do Brasil (atual UFRJ), dedicou-se ao magistério nas redes pública e privada  até 2005, quando se aposentou. Professor e poeta de grande talento, componente da diretoria da UBT Rio de Janeiro  é, acima de tudo, um grande cara, um tremendo boa praça.  Acompanhemos alguns de seus trabalhos premiados:

Ao repensar minha história
encontrei, com emoção,
por trás de cada vitória
um mestre no coração!

Trovador que espalha o sonho
que lhe mora n'alma inquieta
confessa ao mundo, risonho,
a bênção que é ser poeta!

Quem não tem medo da morte,                       (3º lugar em Cantagalo/RJ em 2009)
quem nunca faz nada em vão,
quem, antes de tudo é um forte...
Este é o homem do sertão!

Sob a chuva ou sol, que abrasa,                            (Venc. em São Paulo, em 2008)
como nos tempos antigos,
o portão da minha casa
não se fecha aos meus amigos!

Ao te encontrar, velha agenda,                                  (Rio de Janeiro 2006)
lá no fundo da gaveta,
meu passado se desvenda,
és a minha "caixa-preta"!

Quando do meu lar amado
transpus o velho portão,
pedaços do meu passado
espalharam-se no chão!

Se tens pela vida apreço,
não entres na droga braba!
Tu decides o começo,
mas não sabes como acaba.

Nasceu no campo, algodão...
Virou fio... Foi tecido...
Ganhou cor e confecção...
Está pronto o seu vestido!

Doce ternura me invade
às vezes sem mais nem quê,
e me perco na saudade
quando lembro de você...

Em apatia me afundo
quando na rede me sento...
Mas... estou movendo o mundo
(Só que o faço em pensamento!)

Planto o grão com uma meta:
- Gerar vida em profusão...
E este ciclo se completa
quando o trigo vira pão.

HUMORÍSTICAS

"Vitamina está na casca!"
De um comilão eu ouvi...
E quase que ele se enrasca        (11º lugar Friburgo 2005)
ao comer abacaxi!

O trabalho é punição,         (Menção Especial  Bandeirantes, 2008)
uma herança do passado...
Deus quis castigar Adão
e sobrou pro nosso lado!!!

Quando a feia se "embeleza",    Vencedora em Bandeirantes, 2006)
mas o resultado é trágico,
diz o espelho, que se preza:
– Ela pensa que eu sou mágico!

Viúva "boazuda" alega,
insinuando-se ao juiz:
– Justiça pode ser cega...
... mas, o senhor, o que diz?

O gajo, sendo um velhaco,
engajou-se bem no ofício:           (Venc. Grêmio Português  Friburgo, 2008)
– um cargo de puxa-saco
pra puxar palma em comício!

O rapaz que te fez "mal"
não quer casar? - diz alguém.         (M. Honrosa Rio de Janeiro 2008)
- Eu não me importo!... Afinal,
não fez mal... Fez muito bem!