Sônia Tarassiuk - São Paulo

Imagem removida.

Imagem removida.       SÔNIA TARASSIUK, paulistana, aposentada do Serviço Público Municipal (área de informática), sempre gostou de ler e escrever e, já na adolescência, fazia seus primeiros esboços de poemas e contos; chegando até a ser premiada na escola, por algumas redações. Com o tempo, outros interesses se apresentaram, fazendo com que a escrita ficasse esquecida, tendo sido retomada apenas em 2007, nas comunidades de trovas e poesias do Orkut. Tem também alguns textos em diversos estilos, publicados no Recanto das Letras.

Frágil barco que navega,
entre o mar e o firmamento,
e a nenhum dos dois se entrega...
Assim é, o meu sentimento!
*
*

É difícil de explicar
as agruras dessa vida...
Poucos, com tanto pra dar;
muitos, de mão estendida!
*
Brincando de estar contente,
tranco o meu pranto no peito...
E o coração, conivente,
brinca de estar satisfeito!

*
Não vamos temer a morte,
visto, ser só uma passagem
para algum próximo norte,
de uma mais bela paisagem...
*
Sabiá sabe o que eu sinto,
só não sabe te contar...
Sabiá sabe que eu minto,
quando digo não te amar!
 *
Não sei mais o que fazer,
pra carregar com firmeza,
deste meu pequeno ser,
a insustentável leveza!
*
Nossa batalha interior
só poderá ser vencida,
se permitirmos que o amor
nos desarme a alma ferida!
*
Eu não sei por que a saudade
vem sempre me visitar...
Talvez seja por piedade,
ao me ver por ti chorar.
*
Às vezes, o resultado
é de surpresa tamanha,
que fica deliberado:
que aquele que perde, ganha!
*
Suave a brisa penteia
a franja dos coqueirais
e o mar vem beijar a areia
em idílios esponsais...
*
A madrugada é menina
que, na insônia quer brincar,
e o meu sono descortina
pois, quer junto a mim, sonhar...
 *
Dita-nos a experiência
o já por ela, sabido:
Na nossa breve existência,
acumulado é perdido!
*
Humildade é uma virtude
que vive a nos enganar
pois, pensamos amiúde
tê-la em nós, sem ela estar.
*
Quem sou, para outros julgar,
se a minha visão, motriz
nada mais pode enxergar
que a ponta do meu nariz?!
*
És da minha vida, parte,
muito embora indefinida...
Mas fazes parte, destarte,
das partes da minha vida.