Concurso de Trovas da UBT RJ - 2012

(apenas para trovadores do Estado do Rio de Janeiro)

TEMA LÍRICO/FILOSÓFICO = "PROTESTO"
"Prêmio Trovador Hermoclydes Siqueira Franco"

Vencedores (Em Ordem Alfabética)

Hoje eu flagrei disfarçando,
   num silêncio que doeu,
   o meu olhar protestando
contra o desprezo do teu.
  Almerinda Liporage – Rio/RJ

  Fiz meu protesto passivo,
  o amor sempre enaltecendo.
  E por amor, hoje vivo,
  De amor, aos poucos, morrendo
  Antônio Carlos Rodrigues-SãoGonçalo

  Pelos milhões que consome,
  nessa matança diária,
  meu protesto é contra a fome,
  essa fera planetária!
  Edérson Cardoso de Lima – Niterói

  Sem protesto ou desalento,
  encaro os transes da vida,
  vendo, em cada sofrimento,
  lição a ser aprendida!
  Lourdes Regina F. Gutbrod – Rio

  Vejo no rosto rugoso
  da pessoa envelhecida
  um protesto silencioso
  contra os maus tratos da vida!...
Maria Madalena Ferreira – Magé/RJ
 

Menções Honrosas (Ordem Alfabética)

  Não é com gritos e gestos
  que os céus irão atendê-los...
  Deus não se rende a protestos
  mas sim a humildes apelos.
Gilvan Carneiro da Silva – São Gonçalo

  Contra a falta de juízo
  do teu rancor manifesto,
  anteponho o meu sorriso
  Como forma de PROTESTO!
Hermoclydes Siqueira Franco – Lumiar

  Amor, em meu desatino,
  na mais sombria existência,
  protesto contra o destino
  que me impõe a tua ausência.
João Costa - Bacaxá (Saquarema)

  - Não revido a tua ofensa,
  pois, sem palavras ou gesto,
  minha fria indiferença
  é um eloquente protesto!!!”
Lourdes Regina F. Gutbrod - Rio

  Pobre de quem só protesta
  sem ver a festa da vida.
  No fim da vida, o que resta
  é a festa... da despedida.
Luiz Poeta - Rio

  Avesso aos dramas burgueses
  que acentuam voz e gesto,
  o silêncio, muitas vezes,
  é uma forma de protesto...
Sérgio Fonseca - Mesquita
 

Menções Especiais (Ordem Alfabética)

  Fiz protestos por amor,
  mas, a vida me fez mudo...
  E eu, que fui contestador
  Hoje? Concordo com tudo!
Clenir Neves Ribeiro- Nova Friburgo

  Quando ensinar ao seu filho
  o valor de ser honesto,
  não tire do olhar o brilho
  nem ceda a qualquer protesto...
Giovanelli – Nova Friburgo

  Se, aos gritos, me manifesto,
  já perdi a discussão,
  pois quem grita num protesto
  já mostra não ter razão!
Josafá Sobreira da Silva - Rio

  Partiste... e, no pranto mudo
  do meu protesto abafado,
  o silêncio disse tudo
  que eu evitei ser falado...
Maria Nascimento Santos Carvalho - Rio

  Protesto é pedagogia
  contra um ato equivocado.
  É melhor que a hipocrisia
  de aceitar tudo calado!
Renato Alves - Rio
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TEMA HUMORÍSTICO = "COCHILO"
(Prêmio Trovador Fernando Cruz"

Vencedores (Em Ordem Alfabética)
   
    Depois do amor o cochilo,
    mas o cansaço pesou.
    Só deram pelo vacilo
    quando o marido chegou.
João Costa - Saquarema
    Como trabalha o rapaz!
    Mas não invejo esse estilo:
    na cama, tudo o que faz
    é só tirar um cochilo...
Josafá Sobreira– Rio

    Um cochilo e animação!
    E a sambista na alegria,
    mostrou pra todo o povão
    aquilo que não devia...
Larissa Loretti - Rio

    Tem mulher boa... e vacila,
    fazendo o papel de tonto,
    pois, enquanto ele cochila,
    ela não dorme no ponto!
  Lourdes Regina F. Gutbrod - Rio
    Sobre a insônia deu um curso,
    bem sucedido na estreia:
    De tão maçante o discurso
    fez cochilar a plateia!
Lourdes Regina F. Gutbrod - Rio
    Tira um cochilo à tardinha...
    Mas quando e esposa se ausenta
    quebra o galho da vizinha
    sem ver que o seu galho aumenta...
Maria Nascimento S. Carvalho - Rio
    Dorminhoco, o meu avô,
    depois de um cochilo dele,
    com grana entrou no metrô
    e a grana saiu sem ele...
Maria Nascimento S.Carvalho - Rio
 

Menções Honrosas (Em Ordem Alfabética)
   
    Cochilou, de tão cansado...
    Ficou sem tênis, o Zé,
    e o ladrão deixa o recado:
    Use talco pro chulé!!!
Alba Helena Corrêa –Niterói
   
     - “Foi só cochilo” -alegava
    o vigia, ao ser flagrado,
    porém seu ronco indicava
    um “cochilo” bem pesado.
Cléber R. de Oliveira– São João de Meriti

    Fala ao “bebum” que cochila,
    E se lamenta a seu lado:
    - meu amigo, não vacila,
    estás no velório errado...
Edérson Cardoso de Lima – Niterói

    - Por um cochilo, mãezinha,
    meu noivo me engravidou.
    - Deste um cochilo, filhinha,
    mas ele não cochilou !
Edmar Japiassú Maia –Nova Friburgo

    “Aproveite a promoção”,
    na loja, a faixa dizia;
    aproveitou-a o ladrão,
    num cochilo do vigia.
Jessé F. do Nascimento – Angra dos Reis

    Meu vizinho não se aperta:
    ricaço e muito avarento
    cochila de boca aberta,
    pra encher o bucho de vento.
Maria Nascimento S. Carvalho - Rio
 

Menções Especiais (Em Ordem Alfabética)
     
  No emprego que ela adorava
     o almoço era uma folia:
     A patroa cochilava
     e ao patrão, ela“servia”.
Almerinda F. Liporage– Rio
     
  O casal não sossegava!...
  em vez de um sono tranquilo,
  de novo o bicho pegava,
  após um breve cochilo!
Cléber R. de Oliveira – São João de Meriti

  Ronca na maior altura,
  no cochilo abriu bocão,
  expulsou a dentadura
  que ficou rindo no chão !
  Dirce Montechiari –Nova Friburgo

  Em meio à noite tranquila,
  de início, o amor não foi mau.
Mas logo o velho cochila...
cochila a velha e ... babau!!!
Edmar Japiassú Maia –Nova Friburgo

No bar, um sono tranquilo
ele curte algumas vezes...
E, em casa, sem dar cochilo,
curte a mulher ... deus fregueses!
João Freire Filho – Rio

Por um cochilo qualquer
sem ter nenhuma razão
cai a saia da mulher
no meio da multidão...
Larissa Loretti - Rio

Vovó, depois de um cochilo,
  pede: - Meu bem, me esclareça:
  - Por onde entrou este “grilo”,
que não me sai da cabeça ???”
Maria Madalena Ferreira – Magé

Justificou-se a mocinha:
- “Foi um “cochilo”,papai!...”
E ele diz - feito o Chacrinha:
- “Cochilou ... cachimbo cai!...”
Maria Madalena Ferreira – Magé

A palestra sobre insônia
foi chata, mas eficiente,
porque, na plateia, a Sônia
cochilou na nossa frente.
Renato Alves – Rio

Namoro antigo na vila:
o rapaz prepara a mão...
Se a mãe da moça cochila,
onde ele a põe, digo não!
Renato Alves – Rio

Num velório bem tranquilo,
feito à luz de um lampião,
assustei-me num cochilo
e caí sobre o caixão!...
Ruth F Nacif Lutterback – Cantagalo
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NOTA = dados gentilmente enviados por Renato Alves, vice-presidente da UBT Estado do Rio de Janeiro