CIVISMO: UMA QUESTÃO DE CIVILIDADE (em 24.11.2006)
Saudade é sinônimo de uma época em que nas datas cívicas todas as escolas comemoravam efusivamente: os alunos eram reunidos no pátio, e uma farta programação líteromusical era cumprida à risca. Sem contar os “teatrinhos”. Meu saudoso Grupo Escolar Dr. Rodrigo Romeiro, minhas professoras Maria José Faria, Escolástica Salgado, Maria de Lourdes Rebelo (Lurdinha), Olga Trigueirinho! E tantas outras!
Essa semana recebi essas trovas da poetisa Anamaria Jório Marcondes, num preito de amor ao nosso pavilhão sagrado, cuja data máxima quase passa despercebida:
Auriverde meu pendão
que, hasteado em mim balanças,
preso no meu coração,
os beijos do vento alcanças!
Bandeira da minha gente,
que eu amo desde criança,
tão garrida, prefulgente,
tu guardas nossa esperança!
Foi assim que me tornei poeta. Ou... descobri que era poeta. Compondo versos cívicos que a direção da escola me “encomendava”, uma hora antes da festa. Quem me via sentado na calçada nos fundos da escola, enquanto a aula seguia, pensaria que eu estava de castigo. Mas eu estava, orgulhosamente, a pedido de meu diretor, fazendo poesia para meus colegas declamarem logo depois. Ou até eu mesmo. Mas que ficavam muito mais bonitos na voz de minha professora! Bons tempos!
Bandeira, manto sagrado,
símbolo augusto e viril
a quem faz do seu legado
um universo: BRASIL!
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