Walter Leme

     Walter Leme nasceu em Eugênio de Mello, distrito de São José dos Campos mas veio ainda pequeno para Pindamonhangaba. Filho de Jaime Leme da Silva e Romília Soares Lousada da Silva, veio ao mundo predestinado a viver entre as mulheres: filho único de uma família de cinco irmãos; casado e pai de duas filhas.  
    É empresário no ramo de sonorização. Entre 1969 e 1973 foi editor-chefe do antigo jornal "7 Dias". Na época conviveu com o célebre trovador Orlando Brito que residiu em Pinda e foi diretor da "Tribuna do Norte" e realizou os primeiros concursos de trovas no município. O gosto literário de Walter vem de muito tempo. Em 1970 lançou um livro de poemas: "Poemas dos meus vinte anos".          
    Torcedor (não muito fanático) do São Paulo FC, chefe de família fanático, pessoa muito querida por ser prestativo e espontâneo.

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Foi pouco tempo, é verdade,
mas nosso amor valeu tanto,     (Pinda 1996)
que nem mesmo a eternidade
pode apagar seu encanto!

Da discórdia do passado     (Pinda 1998)
germinou o nosso amor.
Hoje, nós dois, lado a lado,
só brigamos a favor!

A mentira inconseqüente     (Pinda 1999)
que acabou com nosso amor,
foi picada de serpente,
foi veneno no licor.

Nosso amor de adolescente     (Pinda 2002)
teve tanta intensidade,
que nem toda a vida à frente
vai matar esta saudade!

Pior que ter seu desprezo     (Pinda 2003)
foi não poder ser ouvido
quando o grito ficou preso
no meu orgulho ferido!

Ante o poder que se encerra
em JESUS... Mestre fecundo,      (Petrópolis 2001)
somos grãozinhos de terra
perdidos dentro do Mundo.

Dizes ter cravo em teu rosto,     (Venc. Elos Club SP 2000)
mas que mentira maldosa:
onde se viu cravo exposto
sobre uma face de rosa?!

Do rodeio sai de cena     (Jambeiro 2003)
o peão apaixonado
e nos braços da morena
cai como um touro domado.

Quem menospreza o presente     (Pinda 2000)
pode ficar condenado

a um futuro displicente
construido no passado.

Quem busca viver seguro     (Pinda 2000)
tem que ser muito prudente,
pois se colhe no futuro
o que se faz no presente.

Minha sogra eu considero;     (Jambeiro 2002)
dou-lhe carinho e guarida;
ela me deu quem mais quero:
a mulher da minha vida!

Faltou "força" há nove meses
nos coretos da cidade;
mas, hoje, a "luz" várias vezes     (Belém 2004)
brilhou na maternidade.

Um drama viveu Salim     (Venc. Taubaté 2003
ao cair da embarcação,
pois, nadar, sabia sim,
não sabia abrir a mão!!!

O caso que começou
no jardim, junto à palmeira...
sabem onde terminou?
Numa grande trepadeira!

As mais belas caipirinhas,
nas festas de São João,
brilham mais que as bandeirinhas
e esquentam mais que o quentão.

No coreto a deputada     (Venc. Belém 2004)
com suas promessas falsas,
fez o povo dar risada
ao prometer dar 100 calças.

Um cozinheiro ciumento     (MH Friburgo 2007)
tacou pimenta na empada,
transformando o casamento
numa festa só "privada".

Na saída do Mercado,
preso o ladrão - que vexame!
Quis passar por bem dotado
quando escondia um salame.

A chama que existe em mim
anda assustando as pessoas;     (M.Especial Sete Lagoas 2007)
pra apagar um fogo assim,
só mesmo Sete Lagoas!

Dizem que o ato fortuito
que pôs o motel em chamas     (Menção Honrosa Sete Lagoas 2007)
não foi só curto-circuito,
foi muito fogo nas camas!

Por mais justiça e igualdade
reza o pobre, arando o chão,      (Vencedora Sete Lagoas 2007)
pois ele nutre a cidade
mas mendiga o próprio pão.

Numa noite de Natal,
que Papai Noel não veio,
a desculpa foi banal:
estava de saco cheio!