Dáguima Verônica de Oliveira - Santa Juliana / MG

    A poetisa Dáguima Verônica  começou a fazer trovas na comunidade do Orkut "Sou Trovador". Nascida em Santa Juliana/MG no dia 15 de julho, filha de Antonio Martins de Oliveira e Idalina Maria do Prado Oliveira.. Nas palavras da própria autora:   
     "Sou Professora de História , divorciada e mãe de três filhos.  Moro em Santa Juliana (MG). 
     Sempre fui apaixonada pelas letras,  seja na prosa ou na poesia, porém trovar é minha maior paixão! 
     Não escrevo  profissionalmente, vou degustando esse prazer até que eu fique pronta...  
     O que me encanta na vida   é a simplicidade , a espontaneidade, o amor pela  verdade, pelas pessoas, pela natureza e sobretudo por Deus!... 
     Nasci e morei no sertão até meus 20 anos de idade, por isso sou feita de campo e de mato, de chão bruto e de terra molhada... Talhada em  raízes de aço, desabrochei em flores do campo...
     Sou como  as chuvas tempestuosas...ou como  o sereno da noite!... Às vezes vento selvagem, outras sou brisa...
Sou emoção...
...eu sou poesia!..."

  

 

 Eu me lembro, com saudade,
da madrugada de outrora,
mamãe, na extrema bondade:
— Filha, acorda, está na hora”.
M E - Curitiba - 2010. - Tema: MADRUGADA
 
 o emaranhado das linhas,
pelo avesso desta lida,
descobri, nas entrelinhas,
Deus bordando o chão da vida!
Vencedora – Caicó – 2014 - Tema: CHÃO 
 
Não se compra, tendo em vista
que não se vende alegria;
felicidade é conquista
que se faz no dia a dia.
Vencedora – Bandeirantes – 2014
Tema: FELICIDADE 
 
Quem se eleva sobre o pranto
não teme a noite vazia,
e ao som de um velho acalanto
nina a própria nostalgia...
M E – Caxias do Sul – 2014
Tema: ACALANTO 
 
Tantos passeios sem rumo
fiz sem pensar, fiz a esmo,
sabotei a vida, assumo,
numa fuga de mim mesmo.
M E – Nova Friburgo – 2014
Tema: PASSEIO 
 
Troquei a dor pelo riso
e fiz florir meu jardim;
ensaio o meu paraíso
ao buscar Deus junto a mim.
Vencedora  – Natal – 2014
Tema: ENSAIO 
 
Eu não me rendo ao cansaço
e sigo os caminhos meus,
que a firmeza do meu passo
vem da fé que tenho em Deus.
Vencedora – Navegando Nas Poesias ( virtual )- 2013
Tema: FIRMEZA 
 
Ó solidão, traz no vento
qualquer coisa que me aqueça:
uma esperança, um alento
antes que a vida anoiteça!
Vencedora – São Paulo – 2014
Tema: VENTO 
 
O sertanejo migrante,
fugindo à seca que avança,
nos sonhos de retirante
põe o resto da esperança.
3º Lugar – Concurso Virtual – Japão – 2014
Tema: MIGRANTE 
 
Razão maior nesta vida,
que nos faz viver de espera,
é ter, nas dores da lida,
os sonhos da primavera!
Vencedora – Maranguape – 2015
Tema: RAZÃO 
 
Se acaso guardas do irmão
rancor ou ressentimento,
busca em teu peito o perdão
e atira as mágoas ao vento.
Vencedora – Cantagalo – 2014
Tema: RANCOR 
 
Sob o sol forte, escaldante
segue o bravo nordestino:
deixa o ninho e, ave migrante,
põe asas no seu destino.
Destaque – Concurso Virtual – Japão – 2014
Tema: MIGRANTE 
 
Ó vento, que varre os mares,
vento que leva e que traz,
sopre sobre nossos lares
a branda aragem da paz!
Vencedora - Concurso Virtual – Israel – 2015
Tema: PAZ 
 
Passa o dia, morre a tarde
nos braços da solidão...
finda o sonho sem alarde
nas cordas do violão!
Vencedora – Maranguape – 2014
Tema: VIOLÃO 
 
Nos verdores do sertão,
por cenário claras águas,
lembro bem de um violão
dissipando as minhas mágoas.
Destaque – Maranguape – 2014
Tema: VIOLÃO 
 
Manassés de Sousa, irmão
dos sonhos... da poesia!
Fizeste, do violão
a mais bela parceria...
Vencedora – Maranguape – 2014
Tema: MANASSÉS DE SOUSA 
 
Minha colcha de retalhos
costurada pelo avesso
formando trilhas seus talhos
mostram de Deus o endereço. 
 
Recordo meu pai, calado,
carpindo a roça de milhos
e mamãe, sempre do lado,
cuidando dos sete filhos! 
 
Quem leva a vida no amor
dos sonhos jamais se cansa,
que o mundo só perde a cor
quando se perde a esperança. 
 
Derrama a luz sobre a lama
quem não consegue entendê-la,
é próprio de quem não ama
aprisionar uma estrela. 
 
Não teme, nunca, o amanhã
quem toma a nobre atitude
de guardar na alma anciã
os sonhos da juventude! 
 
A noite caminha torta
sem estrelas, sem luar,
mesmo assim eu abro a porta
querendo te ver chegar... 
 
Na porteira envelhecida,
o “X” que a mantém de pé
parece os braços da vida
sustentando a nossa fé. 
 
Se eu voltasse ao tempo ido
de criança sem cuidados,
trocava um peito partido
por dois joelhos ralados. 
 
Às vezes fico pensando
nos sonhos que foram meus,
mas acabo acreditando
que o sonhador era Deus. 
 
Enfrento o escuro da noite
singrando os mares da lida
e a solidão, feito açoite,
me lança aos braços da vida.
 
Deus, o Artista, se revela,
Sua obra prima alcança,
na amizade mais singela,
no sorriso da criança. 
 
Feito o pingo da goteira
a despencar fora de hora,
eu carrego, a vida inteira,
os sonhos que o peito chora. 
 
Se caísse um pingo d'água
dos olhos dos governantes,
teria fim toda mágoa
que açoita os pobres Migrantes. 
 
Nestes momentos perversos
em que a saudade judia,
brinco com rimas e versos
disfarçando a nostalgia.