Texto de José Ouverney, escrito A BENÇÃO, ANTONIO CARLOS!
Magnífico em todos os sentidos: como trovador lírico/filosófico, como trovador humorístico, como ser humano.
Autor de trovas magistrais, divertia a todos quando contava sobre o mal-entendido que se criou, a respeito de uma de suas antológicas composições:
Num enterro de segunda
houve tanta confusão,
que uma parte de Raimunda
foi por fora do caixão...
O autor jurava, de mãos postas, que a parte a que ele se referiu eram os braços. Enquanto todos os inquiridos a respeito apostavam que não. O que vocês acham?
Pois é, a UBT fechou abril com a tristíssima notícia da partida de um dos mais notáveis trovadores de que se ouviu falar: ANTONIO CARLOS TEIXEIRA PINTO! Nascido em Campos dos Goytacazes no dia 07 de julho de 1931, estudou e residiu em Minas Gerais, antes de estabelecer-se em Niterói, de onde saiu , após muitos anos, para residir no Distrito Federal. Encontrei-o duas vezes: em Barra do Piraí - 1999 e no Rio de Janeiro em 2000. Fazia parte de um grupo seletíssimo de autores, tais como Waldir Neves, João Freire Filho, José Maria Machado de Araújo e tantos outros.
Suas trovas são todas diferenciadas mas algumas delas mexem com a gente de modo muito especial. Esta, sobre a mãe falecida, leva-me às lágrimas sempre que a leio:
Pudesse, mãe, a lembrança
recompor o antigo lar:
eu - voltar a ser criança;
você -... somente voltar!
Publicou um livro intitulado "Orvalho da Manhã", em 1961.
Falecido em 30 de abril de 2025, deixa para trás um rastro de saudade...
www.falandodetrova.com.br/antoniocarlosteixeirapinto
............................................................................................................................................................................................