ALBA HELENA CORREA nasceu em Niterói em 11 de julho de 1932. Pedagoga. Escreve qualquer gênero de poesia, além de prosa.
Perdoa se fui ousado...
Não estou arrependido!
Quem ama, não tem pecado,
pecado... é o tempo perdido!
Ter sonhos nada me custa:
sou milionária ao sonhar,
fortuna que não me assusta
pois não podem me roubar!
Foi a lágrima beijada
pelo sol, tão docemente,
que, por Deus, foi transformada
num Arco-Íris fulgente!
Sozinha, uma pedra é nada,
mas, com outras, tem firmeza.
A humanidade irmanada
terá poder e grandeza.
O ciúme tem mil braços;
qual serpentes envolvendo,
vai reduzindo os espaços
até que o amor vai morrendo.
O meu olhar traiçoeiro,
ao te ver, revela tudo:
é um grande "fofoqueiro",
fala por mim, se estou mudo...
O teu ciúme que avança,
mais aumenta o meu dilema:
como pode uma aliança
ter o peso de uma algema?
Retorno à praça da infância:
é o mesmo antigo jardim!
Só eu mudei, na distância...
Ah! Que saudade de mim!
Na velha agenda, de outrora,
teu nome era luz pra mim,
mas que prazer vê-lo agora,
roído pelo cupim!...