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ALFREDO DE ASSIS CASTRO é maranhense de Riachão, nascido no dia 11 de janeiro de 1881. Poeta, escritor, filólogo, aposentou-se como Desembargador. Sucessor de Mário Barreto como diretor do Liceu Maranhense.
Pertenceu à Academia Maranhense de Letras e foi um de seus fundadores pioneiros: cadeira nº 07.
Publicou "Pó e Sombra (poesias), "A Linguagem das Sextilhas de Frei Antão" (filologia), "Coisa Alguma" (contos) e vários livros jurídicos. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1977.
Sei de um perfume que alcança
manter perene o vigor.
Esse perfume é a lembrança
que deixa o primeiro amor.
Tenho vivido à procura
da estância do teu carinho,
sem que me deixe a tortura
de não achar o caminho.
De esconso a morte me espreita.
Cuidará que me intimida?
Sucederá que suspeita
ser mais tremenda que a vida?
A duras penas me entrego
sem querer, ó meu Jesus.
Quantas dúvidas carrego!
São elas a minha cruz...
Existe a felicidade?
Perguntas. Responderei,
fiel à sinceridade:
possivelmente... não sei...
Seja a esperança ou não seja
caminho para a vitória,
seja ou não seja ilusória,
sempre será benfazeja.
Quando correr que a fadiga
do meu viver terminou,
de mim desejo se diga
isto apenas: Descansou.