ARLINDO BARBOSA nasceu na cidade de Matias Barbosa/MG. Ainda menino foi para São Paulo, onde trabalhou nos Correios e formou-se em Direito.
Do cartório ao cemitério,
ficará louco varrido
quem levar um dia, a sério,
o seu papel de marido
Vendo-te os lábios vermelhos,
deles morro enamorado.
Mas, em te vendo os joelhos,
me sinto ressuscitado...
Na saleta bem escura
trata-se o pobre noivado.
- Fundo respeito à feiúra
da noiva e do namorado.
Respeite sempre a mulher,
pois é dela tal direito,
mesmo que ela não souber
o quanto vale o respeito.
Pecando assim, me condeno,
porém a ambição se expande:
santo - eu seria pequeno;
demônio - eu posso ser grande!
Beijo-te a carta e bendigo
tuas juras, desta vez,
com tal amor, que mastigo
teus erros de português...