AS FESTAS DA TROVA
(texto de Thereza Costa Val, da UBT Belo Horizonte, para www.falandodetrova.com.br)
Uma das grandes preocupações de quem realiza um Concurso de Trovas é oferecer uma boa festa de premiação aos classificados. Em contrapartida, os felizardos vencedores, como convidados, devem corresponder com atenção aos realizadores do evento. Se puderem ou não comparecer, o primeiro passo é agradecer o convite, informando se estarão presentes, dentro do prazo estipulado, porque os organizadores assumem diversos compromissos com a festa, que requerem o conhecimento do número de comparecimentos. Comunicar presença depois do prazo é colocar em apuros quem precisa dessa informação. Regra geral, os trovadores gostariam de participar do agradável encontro com os “irmãos de sonhos”.
O ano festivo da UBT terminou com uma bela festa em Pouso Alegre, MG. Houve presença numerosa dos poetas, trovadores e escritores classificados e não classificados que foram, gentilmente, convidados. Pouso Alegre teve mais um de seus fins de semana mágicos, com a reunião do pessoal que gosta de trabalhar as palavras, em verso e prosa. Costumo dizer que os encontros de trovadores são ocasiões repletas de sonhos, em que todos se entregam ao prazer das trocas de idéias e vivem seus momentos de glória. Todos se sentem à vontade porque estão entre companheiros de ideais.
Nós, da UBT /BH, estamos projetando a nossa festa, programada para o final do mês de março de 2009. É uma preocupação imensa, pois quando convidamos alguém para a festividade de encerramento de um concurso, devemos pensar na recepção que será dada ao convidado: a hospedagem, a festa em si, um passeio turístico pela cidade ou outra programação e, principalmente, o calor da amizade. Todo esse preparativo demanda muita organização e gasto, todos sabem disso. Há localidades onde as prefeituras, o comércio e outros órgãos colaboram, oferecendo não somente verbas, mas algumas facilidades e brindes. Com base na verba disponível e nos gastos, algumas festividades duram mais dias (de sexta-feira a domingo) ou menos dias (sábado e domingo). Em nossa cidade, não contamos com o apoio oficial; tudo se fez, até hoje, com a participação dos trovadores da cidade que se propõem, generosa e prazerosamente, a dar sua contribuição. Trovadores de BH são mineiros autênticos: adoram dar uma festa e participam de festas com alegria. Por isso, viajam tanto pelo nosso imenso país, para as festividades de premiação.
Eu creio no seguinte: nenhuma UBT é obrigada a realizar um concurso, porém, se o faz, deve estar ciente dos seus compromissos com os concorrentes vencedores, tais como: comunicar o resultado, publicar o livreto com as trovas, preparar os prêmios, os diplomas... Se não for possível fazer festa, que não faça, mas se os trovadores forem convidados a comparecer, devem ser recebidos condignamente, mesmo porque muitos viajam longas distâncias para prestigiar o encontro. Como se dizia antigamente “quem convida, dá banquete”.