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RESULTADO DO CONCURSO DE TROVAS DA ATRN – Natal/RN - 2018
Âmbito nacional tema NEBLINA
Coordenador:
Fabiano de Cristo Wanderley
Comissão julgadora:
Hélio Pedro Souza
Hélio Alexandre Silveira e Souza
Joamir Medeiros
1º lugar
Paolo Giovanelli – RJ
Quando o amor estende o manto
sobre a solidão que invade,
a neblina é um acalanto
que embala a minha saudade...
2º lugar
Edy Soares – ES
Quais alvas flores de alfenas,
neblina é carícia mansa,
soprada em noites amenas
nas velas que o mar balança.
3º lugar
Ana Cristina de Souza – SP
Teu adeus, naquela esquina,
foi tão frio... e já partiste...
E eu me abracei à neblina,
que escondeu meu pranto triste...
4º lugar
Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho – MG
Desfraldando-se do céu,
em deslumbrante façanha,
a neblina, branco véu,
veste de noiva a montanha.
5º lugar
Gilvan Carneiro da Silva – RJ
Abro do sonho a cortina
e deixo entrar o arrebol,
que a Vida só põe neblina
em sonhos que não tem sol!...
6ºlugar
Domitilla Borges Beltrame – SP
O meu barco de ilusão,
da longínqua mocidade,
voga em mar de solidão
nas neblinas de saudade!...
7º lugar
José Ouverney – SP
Havia tanta neblina
no instante da despedida,
que a lágrima pequenina
escorreu despercebida...
8º lugar
Wanda de Paula Mourthé – MG
Treme de frio a menina,
que se deita na calçada,
coberta pela neblina,
uns farrapos e... mais nada!
9º lugar
Arlindo Tadeu Hagen – MG
Seguir sem Deus, sol a sol,
é tão perigosa sina
feito guiar sem farol
numa noite de neblina.
10º lugar
Érico Magalhães Toledo – MG
A neblina em movimento
lacrimeja na vidraça...
Logo passa com o vento,
só a saudade não passa!
11º lugar
Luiz Moraes – SP
Qual desabrochar da flor,
rompendo a densa neblina,
vens com teus olhos de amor
reinar na minha retina.
12º lugar
Vanda Fagundes Queiroz – PR
Neblina do amanhecer
é rendeira no horizonte...
e, ao ver o rei sol nascer,
abre as cortinas do monte...
13º lugar
Therezinha Dieguez Brisolla – SP
Julguei te ver na neblina
– que o sol, ao nascer, desfez –
e abri, depressa, a cortina...
Mas, era um sonho... outra vez!
14º lugar
Lilia Maria Machado Souza – PR
Só me restou a saudade
dos loucos sonhos de amor;
o que foi felicidade
desfez-se em neblina e dor.
15º lugar
Dodora Galinari – MG
Sempre é tempo de esperança
ante a vida em seus abrolhos,
mesmo que o fim da bonança
faça neblina em meus olhos.
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NOVOS TROVADORES:
1º lugar
Olga Maria Dias Ferreira – RS
Nossos olhos ofuscados
pela neblina dos sonhos
revelam tempos passados,
aqueles dias tristonhos.
2º lugar
Paulo Marcelo Ribeiro de Araújo – RJ
Na noite atroz a rotina,
me envolve a tênue NEBLINA:
minh’alma se desatina,
na dor do amor que termina...
3º lugar
Rosilene Tramontin – PR
Quando passo na neblina
apagando toda a luz,
Deus acende na retina
o farol que me conduz!
4º lugar
Zé Salvador – RJ
A mágoa é como neblina,
pra mim é só um momento;
a dissipar se destina,
logo cai no esquecimento.
5º lugar
Mariangela da Silva Santos – RJ
Quando avisto uma colina
e todo seu resplendor,
vejo que sem a neblina,
sempre inspira um trovador!
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Âmbito estadual tema CHÃO
Coordenador:
Edy Soares
Comissão julgadora:
Dáguima Verônica
Gilvan Carneiro
João Costa
1º lugar
Prof. Garcia – Caicó
Sê como o Sol!... Pelo brilho,
não cobra o bem que nos faz.
Só quem faz o bem, meu filho,
põe os pés no chão da paz!
2º lugar
Ubiratan Queiroz de Oliveira – Natal
E eis que o milagre se deu:
vendo comburida a selva,
o céu, ao se abrir, choveu!...
E o CHÃO cobriu-se de relva.
3º lugar
Aline Ribeiro – Natal
Deixando o chão que nasci,
vaguei caminhos em vão…
No trajeto, percebi:
nenhum chão vale o meu chão.
4º lugar
Joamir Medeiros – Natal
Quando vejo a motosserra
ceifando árvores no chão,
sinto gemer toda a terra
ante a vil devastação!...
5º lugar
Luiz Gonzaga da Silva – Natal
Quando eu piso no meu chão
com o peso dos pecados,
pesam mais no coração
os sonhos estraçalhados.
6º lugar
Hélio Pedro Souza – Natal
Distante da minha terra
é grande o meu padecer,
relembrando o pé de serra,
o chão que me viu nascer.
7º lugar
Plácido F. do Amaral Junior
Não esperes vir do chão
o peixe a te alimentar,
e sim as iscas que irão
encaminhar-te a pescar.
8º lugar
Antônio Fernandes do Rêgo – Natal
Bala perdida hoje é cravo
no corpo do deserdado,
no mesmo chão onde o escravo
teve o sangue derramado.
9º lugar
Magnus Kelly – Natal
Dê-me um pedaço de chão,
ó, governante mesquinho,
para que eu possa ter pão
e construir o meu ninho.
10º lugar
Francisco Gabriel – Natal
Nos jardins que circulamos,
vago só, e a dor me invade…
salgando o chão que pisamos
com meu pranto de saudade.
11º lugar
Francisco Maia dos Santos
Muitos forrós eu dancei,
em chão de barro batido;
e as mulheres que arrumei,
por todas fui esquecido.
12º lugar
Valdemar Juvino de Araújo
Enquanto eu pisar no chão
e o sol queimar minha pele,
levo o amor no coração
mesmo que o mal me atropele!
13º lugar
Marcos Antonio Campos – Natal
Eu vi um risco no céu
estrela riscando o chão.
Bebi a gota de mel
a caminho do sertão.
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NOVOS TROVADORES(âmbito estadual)
1º lugar
Rozanni Garcia – Caicó
Neste chão de desventura,
onde a dor é causticante...
Deus temperou com brandura,
as almas de todo amante.
2º lugar
Marciano Batista de Medeiros
O homem tem vida no chão,
mas lembra que morre só
e no fim diz: – Oh razão;
sou luz eterna ou sou pó?
3º lugar
Francisco Vanderli de Araújo
Cada pedaço de chão
que a natureza criou
eu percebo a solidão
que sua ausência deixou.