II Concurso de Trovas "Cidade Poesia" - Bragança Paulista

II CONCURSO DE TROVASCIDADE POESIA

 

TEMA: “CAMINHADA”

 

16 trovas vencedoras, por ordem alfabética de autores:

 

Numa caminhada inglória,

com minha alma enternecida,

pude ver a minha história

no retrovisor da vida.

Ademar Macedo - Natal RN

 

Juntos, seguimos a estrada,

mas nem uma ideia eu tinha

de que a tua caminhada

terminasse antes da minha.

Alba Christina Campos Netto - São Paulo SP

 

Nas caminhadas que fiz

pela vida atribulada,

aprendi que ser feliz

é viver de quase nada!...

Almira Guaracy Rebêlo -  Belo Horizonte MG

 

Nesta ambígua caminhada

há mistério e não me iludo:

-“Não sinto medo de nada,

mas tenho medo de tudo!!!”

Antonio Colavite Filho - Santo André SP

 

A quem vai só pela estrada,

atalho é mera ilusão;

ele encurta a caminhada,

não encurta a solidão.

Campos Sales - São Paulo SP

 

O reencontro... a caminhada...

a lua seguindo os dois...

a chama reavivada,

e o resto... eu conto depois...

Darly O. Barros - UBT São Paulo SP

 

Sem conter as mãos ousadas,

por meu corpo te aventuras

em noturnas caminhadas

de prazeres e loucuras...

Edmar Japiassú Maia - Rio de Janeiro  RJ

 

A vida é uma caminhada

que depressa chega ao fim.

Prefiro uma trilha errada,

mas escolhida por mim.

Emília Peñalba de A. Esteves - Porto – Portugal

 

Nesta longa caminhada

que fazemos sempre a sós...

Nem o silêncio da estrada

quebra o silêncio entre nós!

Francisco Garcia de Araújo - Caicó  RN

 

Quando em nossa caminhada

cai a chuva de um amor,

a vida fica encantada

... tenha-se a idade que for!

Heron Patrício - São Paulo  SP

 

Pela frente, a caminhada.

Pernas bambas, olhar baço...

E a vida sendo traçada

naquele primeiro passo!

Maria Helena Oliveira Costa - Ponta Grossa PR

 

Fazendo-me renascida,

numa evolução sem fim,

a caminhada da vida

caminha dentro de mim.

Marina Gaspar Sant’Anna - Cordeiro RJ

 

Longa vida em caminhadas

de amor, lutas, desencanto,

mais lentas hoje as passadas,

meus sonhos... correndo tanto!

Moacyr Figueiredo - Florianópolis SC

 

Não condeno a caminhada,

culpo sim, meus passos falhos.

Bem larga era a minha estrada,

fui eu quem buscou atalhos.

 Rita Marciano Mourão - Ribeirão Preto SP

 

Quase ao fim da caminhada,

meu coração, não tem jeito!...

Sempre, um toque de alvorada,

acorda o sonho... em meu peito!

Therezinha Dieguez Brisolla - São Paulo SP

 

Nas curvas da caminhada,

tento a paisagem mudar.

Se não pode ser mudada,

mudo meu jeito de olhar!

Vanda Fagundes Queiroz - Curitiba PR

 

 

II Concurso de Trovas CIDADE POESIA – UBT e ASES

 

Tema: RIMA  (humorísticas), 119 trovas recebidas, 10 selecionadas.

 

Resultados em ordem alfabética pelo nome do autor:

 

  

Sua trova – uma obra-prima -

não tem se classificado!?

Quando ele acerta na rima,

o verso é de pé quebrado!

Arlindo Tadeu Hagen - Belo Horizonte MG

 

O bígamo, com certeza,

comenda de herói já logra.

Conquistou rima e proeza

de aturar mais de uma sogra.

Célia Guimarães Santana - Sete Lagoas MG

 

- Tira a mão e não se anima!

diz trovadora ao frangote:

- Faça a trova em bela rima,

que aceito a mão no cangote...
Dinair Gomes de C. Leite - Paranavaí PR

 

A rima da minha trova

é perneta que dá dó.

Nasceu há pouco, é tão nova...

E pulando num pé só!

Mª Marlene Nascimento T. Pinto - Taubaté SP

 

O coveiro olha de cima

e diz ao ver a Raimunda:

-Para enterrar essa rima...

só mesmo a cova mais funda!

Neide Rocha Portugal  - Bandeirantes PR

 

Que infortúnio o da Raimunda!...

Numa enchente de verão,

derrapou na rua imunda...

... e deu com a “rima” no chão!

Renato Alves - Rio de Janeiro RJ

 

Raimunda, com tudo em cima,

charmosa e com porte nobre,

no samba mostrou a rima

que não tem nada de pobre.
Rita Marciano Mourão - Ribeirão Preto SP

 

Algo me veio de cima

e atingiu-me o olho nu...

Reclamando, encontro a rima

para xingar o urubu!!!

Rodolpho Abbud  - Nova Friburgo RJ

 

Ele usa e abusa das rimas...

sobe “degrais”... põe “chapéis”...

e após ler as obras-primas:

- Onde eu pego os meus “troféis”?

Therezinha Dieguez Brisolla  - São Paulo SP

 

A Raimunda chega ao baile

e logo se esquenta o clima,

pois alguns “cegos”, em Braille,

querem só tocar na “rima”!

Wanda de Paula Mourthé  - Belo Horizonte MG