XI Salão Campista da Trova -1979

XI SALÃO CAMPISTA DE TROVAS (Campos dos Goytacases/RJ) – 1979 Tema: A TROVA DE MINHA AUTORIA DE QUE MAIS GOSTO

     Das trovas inscritas foram selecionadas estas 10, expostas em painel especial na Exposição de Trovas.

Eu creio em Deus com profundo
sentido de lucidez,
mas no Deus que fez o mundo,
não no Deus que o mundo fez!
Alfredo de Castro (Pouso Alegre/MG)

Meu lenço, na despedida,
tu não viste em movimento:
- Lenço molhado, querida,
não pode agitar-se ao vento...
Carlos Guimarães (Rio de Janeiro/RJ)

Sempre acolho de mãos postas
e humilde tento aceitar
o silêncio das respostas
que a vida não sabe dar.
Carolina Ramos (Santos/SP)

Por este Brasil afora,
eu tenho irmãos, meus senhores,
que até mamãe ignora. ...
São meus irmãos trovadores!...
Célia Guimarães Santana (Sete Lagoas/MG)

Porteira batendo ao vento,
tão velha e desconjuntada,
é o rude e triste lamento
da fazenda abandonada!...
Daniel de Carvalho (Nova Friburgo/RJ)

Naqueles tempos de antanho,
de escribas e fariseus,
um Homem do meu tamanho
tinha o tamanho de Deus!
Durval Mendonça (Rio de Janeiro/RJ)

Passas com outra. Eu também
com outro passo a teu lado!
Dois palhaços que se veem,
carregando o embrulho errado...
Eny do Couto (Rio de Janeiro/RJ)

As esperanças da vida,
bem como seus desenganos,
mudam de face à medida
que mudam de face os anos.
Expedito Pereira (Barra Mansa/RJ)

Quem só vive entre a fartura,
quem tudo fácil obtém,
não tem do pobre a ventura
de sonhar com o que não tem!
J. Monte Lopes (João Pessoa/PB)

No dia em que tu quiseres
ser meu senhor e meu rei,
serei todas as mulheres
na mulher que te darei.
Nydia Iaggi Martins (Nova Friburgo/RJ) 

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NOTA = Crédito da matéria ao Prof. Pedro Mello - UBT São Paulo