CLÓVIS PEREIRA RAMOS nasceu em Tabatinga/AM (ex-Benjamin Constant), em 20 de novembro de 1922, filho de pais maranhenses: José da Silva Maya Ramos e Josefina Pereira Ramos. Advogado, foi Promotor Público, contador, ensaísta, historiador. Poeta com vasto currículo, teve poemas traduzidos para o francês, espanhol, alemão e grego.
Noite, noite que me enlevas!
Luas cheias, luas novas.
Se novas, tudo são trevas;
se cheias, tudo são trovas!
Eu te comparo à andorinha,
voando em céu de verão.
E quando é que serás minha?
Dize, amada, sim ou não!
Almas tristonhas e graves,
almas sozinhas, chorosas,
são ninhos que não têm aves,
roseiras que não têm rosas.
Ninguém sabe, quando passo,
quanto a minha alma padece.
Em cada verso que faço,
um pranto oculto aparece.