Concurso é concurso

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CONCURSO É CONCURSO – Editorial Trovia Junho / 2003      

     Sempre é válido insistir: quem participa de concursos precisa estar preparado para o que der e vier. O resultado é imprevisível e há necessidade de muito espírito esportivo.

     Você faz a trova com máximo carinho, toma todos os cuidados para evitar cochilos, e só envia quando acredita haver boas chances de ser premiado. O problema é que os demais concorrentes fazem a mesma coisa... e eles são tão bons quanto você. A grande aventura começa no momento em que o envelope é colocado no correio. Chegará ou não ao seu destino? Como a norma é o remetente usar o mesmo endereço do destinatário, nunca se está seguro do que acontecerá no percurso. Dando tudo certinho, a trova entrará na “briga”. Três, cinco, dez julgadores, todos dignos da maior confiança e geralmente mestres no ofício.

     Mas, claro, cada qual com seu jeito de gostar e sua maneira de avaliar. E aí é que entra aquela velha história de que em um concurso você joga com 70 por cento de competência e 30 por cento de sorte. A sorte vai por conta de sua trova cair ou não no gosto da maioria dos julgadores. Há trovas que recebem nota 10 de um julgador e nota 01 de outro, ou às vezes nem isso. Há também o risco de um belo achado passar despercebido, como há o risco de um grave defeito não ser notado, etc. Quer dizer: a intenção dos julgadores é sempre a melhor possível, porém ninguém é perfeito.

     Cabe então a cada concorrente entender que concurso é assim mesmo... e o jeito é bater palmas para os irmãos premiados e esperar pela próxima oportunidade. Mesmo porque, na grande maioria dos casos, se a trova da gente não ganha é porque outras havia realmente melhores...