DOMINGOS FREIRE CARDOSO, tradicional poeta português, nasceu em Ílhavo, a 20 de outubro de 1946. Ativo participantes dos concursos de trovas, esteve por algumas vezes no Brasil
A vida faz-se tecendo
finos elos que nos atam
aos sonhos que vão morrendo
e que, morrendo, nos matam...
Perguntei ao coração (M. Especial Bandeirantes 1993)
O que o fazia viver:
"Sonhos!... que só morrerão
Quando deixar de bater".
Juntas, duas alianças,
no dedo da mão esquerda,
são permanentes lembranças
da minha infinita perda...
Levando vida tão crua,
com a fome pela frente,
qualquer criança de rua
vira adulto sem ser gente.
Quando chegaste ao portão (premiada em São Paulo - 2008)
para saber quem batia,
batia o meu coração
que de saudades morria.
No meu relógio os ponteiros (1º lugar Pouso Alegre 2006)
são como dois namorados:
passa uma hora e, matreiros,
estão de novo abraçados...
Além do horizonte temos
mais outro horizonte, além,
porque, por mais que sonhemos, (Menção Especial em Belo Horizonte - 1997)
atrás de um sonho... outro vem!...