Major Dr. José Duarte Costa
nasceu em Lavras (MG), a 11 de junho de 1913. filho de Francisco Augusto Ferreira e Costa e Georgina Duarte Costa. Mudou-se para Pouso Alegre com 18 anos de idade. Faleceu em 1998.
De chegadas e partidas
a nossa existência é feita;
- a morte, das mais sentidas,
é a despedida perfeita!
Em seu presente ou passado,
feito de sonho e esplendores,
a trova é um canto inspirado
na rima dos trovadores.
Tuas mãos claras, pequenas,
cheias de amor e carinho,
são suaves açucenas
no meio de meu caminho
Chamaste-me um dia, urgente,
para dizer-me um segredo...
- Nunca um homem tão valente
teve, talvez, tanto medo!
A trova é prece pequena
na religião da poesia...
Um canto de voz serena,
sublime filosofia!
Quando nas horas caladas
recordo teu vulto lindo,
sinto em meu peito, guardadas,
rosas de sonhos se abrindo...
Mãos pequenas, mãos distantes,
cheias de estranhos sinais...
- Meus apelos suplicantes...
tu não escutas jamais!
Miniatura solene
da virtude e da beleza,
a flor é bênção perene,
milagre da natureza
Amor, ilusões sentidas,
tudo acabou para mim...
- Como pode, em nossas vidas,
haver mudanças assim?
Andei por mundos e lares,
por longos, ínvios caminhos,
vaguei pelos sete mares,
a procurar teus carinhos.
O teu amor é cigano,
cheio de festas, de ardores ...
- Mentira feita no engano
de um ramalhete de flores ...
Tua imagem foi meu sonho...
Tua voz o meu carinho...
E o teu amor tão risonho
fez de paz o nosso ninho!