ERNESTO TAVARES DE SOUZA, poeta de grande valor e, sobretudo, um abnegado nas causas que abraçava, nasceu em Pindamonhangaba, em 15 de janeiro de 1939, filho de Juliana da Costa Abreu de Souza e Manoel Ernesto de Souza. Uma vida de incansável doação a entidades e pessoas às quais serviu. Sempre foi ativo dirigente da UBT, seção de Pinda e da Academia Pindamonhangabense de Letras, até o final de seus dias. Tinha a Trova como sua verdadeira devoção.
Mudou de Plano no dia 12 de julho de 2005.
Varanda, a bem da verdade,
sua grade enfraquecida...
retrata a própria saudade (MH Barra do Piraí 2000)
castigada pela vida.
Janela, a bem da verdade
este ranger... teu chiado, (N. FRIBURGO-1998)
são gemidos da saudade,
na voz rouca do passado.
Concha, na santa verdade,
este teu sonorizar... ( ITANHAÉM / 1997)
São gemidos de saudade
das ondas verdes do mar.
Ciúme: sonho queimando ( Vencedora Elos Clube SP 1996)
na fogueira da paixão,
é diamante voltando
ao seu tempo de carvão.
JESUS CRISTO, SEUS exemplos
dando Luz aos Fariseus
são candelabros dos templos (Petrópolis 2001)
acesos pelo BOM DEUS.
Ao santo tempo bendigo
pois nele, com alegria,
Deus faz da espiga de trigo
o meu pão de cada dia.
Discórdia gera o dilema,
nunca faz bem ao cristão; (Pinda, 1996)
ninguém resolve um problema
com uma pedra na mão...
Trova: noturna jangada
na qual a musa passeia,
sonhando na madrugada,
nos braços da Lua cheia.
Nossa educação retrata
o mais sublime tesouro: (TAUBATÉ / 1998)
silenciosa, vale prata;
exaltada... vale ouro!
Chegou com ares de musa,
como alguém que nada quer, (4º lugar Juiz de Fora, 1997)
e frágil, meiga, confusa,
no meu leito foi mulher.
HUMOR
E neste enterro o retrato (M. Honrosa Peruibe 1999)
da velha contradição...
Eis que parte sem sapato
quem sempre foi sapatão!
O tempo da vaca magra
já não perturba o Ancião, (Menção Especial em Magé - 1999)
tem macróbio com viagra
virando ate Ricardão.
Minha esposa sempre briga,
ao clamar por um netinho, (Belém - 1997)
quer a filha de barriga,
nem que seja do vizinho!