Nascido em São Luís do Maranhão, em 10 de setembro de 1930, o poeta Ferreira Gullar — no cartório, José Ribamar Ferreira — quarto filho de onze irmãos, estreou em poesia em 1949. Mudou-se para o Rio em 1951. Um dos maiores poetas da atualidade. No início de sua carreira também foi trovador. Biografia completa em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferreira_Gullar
Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 04 de dezembro de 2016, aos 86 anos.
Muitas vezes, embebido
em cismas, tenho sonhado
que a vida é um sonho comprido
que a gente sonha acordado!
Saudade - uma vida cheia
de outra vida que passou;
- marcas de passos, na areia,
que o tempo não apagou!
Findo o amor, espero, Alice,
que me possas perdoar
- o que pensei mas não disse,
o que disse sem pensar...
OBS: as três trovas acima fazem parte do livro "Meus Irmãos, os Trovadores", de Luiz Otávio - 1956)
Estes meus versos que a esmo (crédito www.violacaipira.com.br)
jogo aos espaços sem fim
são pedaços de mim mesmo,
que eu mesmo arranco de mim.