HECTOR DA COSTA FREITAS, oriundo de Bagé, Rio Grande do Sul, nasceu no dia 31 de março de 1895, filho de José Francisco de Freitas e Maria Lauriana Costa. Advogado, jornalista, morou por muito tempo no Rio de Janeiro. Advogado. Publicou, em 1934 "O Filho da Revolução" (romance) e, em 1938, "Terra Encantada"(poesias). Participou ainda da coletânea "Trovadores do Brasil", 2º volume-1967, editada por Aparício Fernandes.
Faleceu a 24 de dezembro de 1972. Postumamente foram publicadas mais duas obras poéticas no ano de 2012: "Orgia das Sombras" e "Sangas e Coxilhas".
Toda cantiga de amor,
por mais triste não fatiga.
O que nos traz dissabor
é o amor que se mendiga!
Sabeis do amor o que penso?
- É uma linda criatura,
vive só de contra-senso
e na terra pouco dura!...
Brinca o luar, serpenteia
na espuma branca do mar.
E no mar logo se ateia
todo o incêndio do luar!
Barulhentos, chapinhando
passam autos, de onde em onde.
Esta vida, vou pensando,
sacoleja como um bonde.
Do teu amor não sou dono,
nem também do meu tormento.
Peço ao álcool me dê sono,
peço ao sono esquecimento.
Há no teu porte galante
de talhe grego, preciso,
qualquer coisa anunciante
de um sonhado paraíso.