ISTO É CULTURA!
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(XII)
por Thalma Tavares
QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA & CURIOSIDADES
REDUNDÂNCIAS:
Redundância, em certos casos denominada pleonasmo ou tautologia, é a repetição desnecessária de palavras nas frases, com o mesmo significado. É desnecessária porque complica o enunciado, produz os chamados ruídos na comunicação e aumenta o número de palavras no texto ou no discurso.
As redundâncias são muitas e já tratamos de algumas como: encarar de frente, outra alternativa, milênios de anos, etc. Recentemente, conversando com o jovem Rafael Henrique Zerbeto sobre essa superfluidade, lembramo-nos de dois exemplos interessantes. Ei-los:
Conviver juntos:
Não há dúvida de que se trata de uma redundância igual, por exemplo, a encarar de frente. Na palavra conviver, o prefixo com é indicativo de junção, de proximidade. Portanto, conviver significa viver junto com alguém, ao lado de alguém ou de alguma coisa. Exemplo: João e Maria convivem há muito tempo. Ou então: João e Maria vivem juntos há muito tempo.
Compartilhar conosco:
Quem compartilha simplesmente partilha algo com alguém. Vejam um bom exemplo: Sorridentes, os rapazes compartilhavam a alegria da moça que aos pulos gritava: "fui aprovada! Passei no vestibular!" Compartilha-se sempre alguma coisa e não com alguma coisa.
É comum a gente ler em certos convites: "Venha compartilhar conosco as alegrias do Ano Novo". E aí há uma indiscutível redundância. Será preferível, e também correto, a gente dizer: Venha partilhar conosco as alegrias do Ano Novo.
CURIOSIDADE:
O DIA DA BANDEIRA:
A Bandeira Nacional é o símbolo mais elevado da nação brasileira, ao lado de outros símbolos como o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional. Eles representam a expressão dos ideais e da personalidade do Estado brasileiro e, por isso, devem ser respeitados. As leis são rigorosas para com os símbolos nacionais e determinam como devem ser usados e expostos.
Apresentá-los de qualquer forma ou tratá-los com desrespeito é crime passível de detenção e outras penalidades severas.
Nossa Bandeira foi projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares. As estrelas dentro da esfera azul, dispostas acima e abaixo da faixa Ordem e Progresso, representam o céu do Rio de Janeiro a 15 de novembro de 1889. Suas cores simbolizam: o verde – a beleza de nossas florestas; o amarelo – nossa riqueza mineral; o azul – a imensidão do céu; o branco – a Paz, um dos objetivos permanentes e mais elevados da nação brasileira.
Comemora-se o Dia da Bandeira em 15 de novembro de cada ano. Seu hasteamento e arriamento em solenidades, oficiais ou especiais, devem obedecer rigorosamente às normas estabelecidas para esse fim.
Como homenagem a essa importante efeméride nacional, vamos reproduzir o poema Pano Sagrado, que compusemos para a solenidade de hasteamento do Pavilhão Nacional no dia 19 de novembro de 1987, no Círculo Militar de São Paulo:
Bandeira de meu país,
eu te contemplo neste azul bonança
como se um vento vivo de esperança
agitasse uma bênção sobre nós.
Nesse momento inflama-me o respeito,
um frêmito caminha por meu peito
e embarga de repente a minha voz.
Bandeira de meu país,
quando te vejo no alto, distendida,
eu vejo a própria liberdade erguida
sussurrando esperanças e certezas.
Eu vejo em ti a Pátria renovada
- nação de bravos, forte, respeitada
por ser feita de amor e de grandezas.
Bandeira de meu país,
tão formosa tu sempre me pareces
que és um altar onde desfeito em preces
venho beijar-te a sombra benfazeja.
No coração da Terra que palpita
não és apenas pano que se agita
mas um sopro de Deus que nos bafeja.
Acreditem e tomem nota, porque isto é cultura!.