JORGE PICANÇO SIQUEIRA
nasceu em Macaé/RJ a 30 de julho de 1930, filho de José Siqueira da Silva e Maura Picanço Siqueira, e domiciliou-se em Niterói. Médico, pintor, escultor, além de poeta/escritor. Membro de inúmeras entidades literárias, inclusive da Academia Niteroiense de Letras. Falecido em 2006, em Niterói, onde há, hoje, uma rua com seu nome, no Bairro de Camboinhas.
Foi-se embora a claridade
da tardinha, do arrebol!...
Foste embora, que saudade!
Onde estás? Seguiste o sol?
Noite fria, mês de agosto,
bate o vento na janela.
Ai, meu Deus! Ai que desgosto!
Que viver! Viver sem ela!
Todos dizem que saudade (Menção Especial em Niterói-1997)
é lembrança que se sente,
mas saudade, na verdade,
é uma busca permanente.
Quando eu era pequenino,
um reinado imaginava.
Na inocência do menino
nesse reino eu governava.
Antes da festa acabar,
de tanto vinho ingerir, (M. Especial, Nova Friburgo-1982)
ouvi cachorro espocar;
ouvi foguete latir!
Avisada, ao telefone,
que o marido retornou,
ela disse ao Zé Trombone: (Menção Especial em São Bernardo do Campo - 1979)
- O "concerto" terminou!