JUVENAL Antonio MARQUES nasceu em Cantagalo/ RJ, aos 15 de fevereiro de 1892, filho de Joaquim Antonio Marques e Marphiza de Souza Marques. Foi diretor e redator de jornais em cidades como Rio, Niterói, Friburgo e Cantagalo. Primeiro livro publicado foi "Fragmentos d'Alma" ( trovas). Pertenceu à Academia Friburguense de Letras, a qual presidiu por mais de uma vez. Faleceu em Nova Friburgo, em 05 de setembro de 1978.
Não digo mal desta vida,
nem das dores que ela tem!
- A pena nunca é sentida,
quando a gente se quer bem.
Vejo-te. Anseio. Depois...
repara bem que maldade:
de permeio, entre nós dois,
a distância e uma saudade!
A saudade é uma tristeza
que amarga e mil dores tem.
- Mas é sempre uma riqueza,
para aquele que quer bem!
É na saudade de alguém
que o meu ser todo se apura:
a gente, quando quer bem,
já sente nisso ventura!
A gente, quanto mais ama,
mais sofre, soluça e chora.
Pois o amor é como a chama:
- crepita, queima e devora!
Ai, que ciúmes que eu tenho
da brisa que por ti passa,
quando a pensar me detenho
de que te beija e te abraça!...