MARIA STELLA DE SOUZA ou, simplesmente, MARISOL, premiadíssima trovadora, era filha de Augusto Carneiro e Efigênia Oliveira Carneiro e nasceu em Muriaé/MG no dia 12 de abril de 1936. Residia em Teresópolis desde a adolescência e era casada com Henrique Aragão, com quem teve cinco filhos. O casal faleceu em um trágico acidente rodoviário em Minhas Gerais, próximo a Muriaé - para onde havia voltado a residir recentemente - no dia 04 de dezembro de 2005. Mãe da também trovadora Ana Cristina de Souza, da UBT São Paulo.
Na ausência em que me deixaste,
que me domina e consome, (vencedora Niterói 1995)
não há saudade que baste
para caber o teu nome.
Foi assim desde eu menino: (Menção Especial em São João da Boa Vista-1994)
fiz meus castelos risonhos
e as tormentas do destino
sempre esmagaram meus sonhos.
Em nossas quatro paredes,
conflitos não têm valia:
– nós compramos duas redes (co-vencedora em Guaxupé/MG - 2000)
e uma está sempre vazia...
Foi numa esquina qualquer
que eu deixei, despercebida, (Pouso Alegre 2000)
meus anseios de mulher
e meus projetos de vida.
Meu pai, amigo sincero,
me dá, de modo conciso, (1º lugar Pouso Alegre 2001)
não as respostas que eu quero,
mas aquelas que eu preciso!
Junto à fonte ele jurou... (Menção Honrosa em São Jerônimo da Serra - 1987)
Palavras ditas a esmo...
Depois a fonte secou.
- As fontes são assim mesmo!
- Sou JOVEM! Diz orgulhosa!
- Sou bela! Ri com desdém... (Barra do Piraí 1975)
Sem ver que a vida enganosa
não pára, para ninguém...
No meu peito amargurado
já não resta nem a Fé.
Velho Templo abandonado
que teima em ficar de pé.
"Quem espera sempre alcança", (M. Honrosa Niterói - 1985)
nunca vi mentira assim
eu sempre espero a esperança,
que nunca espera por mim.
Os barquinhos de Papel,
o "Bento, que bento é o frade", (M. Honrosa Niterói - 1991)
e as brincadeiras de anel,
são cenários de saudade...
TROVAS DE BOM HUMOR!
Eu fui passar na pinguela (5º lugar em Porto Alegre - 1977, tema "Bebida")
que havia sobre o riacho,
e com pinga até a goela,
despenquei "pingoela" abaixo!