MAURO MOTA (M. Ramos da M. e Albuquerque), jornalista, professor, advogado, poeta, cronista, ensaísta e memorialista, nasceu em Recife, PE, em 16 de agosto de 1911, e faleceu na mesma cidade em 22 de novembro de 1984. Filho de José Feliciano da Mota e Albuquerque e de Aline Ramos da Mota e Albuquerque. Eleito em 8 de janeiro de 1970 para a Cadeira n. 26 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Gilberto Amado, foi recebido em 27 de agosto de 1970, pelo acadêmico Adonias Filho. No dia de seu nascimento, em Recife comemora-se o "Dia do Poeta Recifense".
Felicidade - uma tela
que um pintor moderno pinta:
de longe, seduz e é bela;
de perto, é um borrão de tinta...
A natureza, em troféu,
na noite linda da aldeia,
pôs na vitrola do céu
o disco da lua cheia...
Continue a odiar-me assim,
que é justamente porque
você tem ódio de mim,
que eu quero bem a você!
Verde, cheia de picote,
Recife, vaidosa, exibe
a faixa de chamalote
do Rio Capibaribe!
Dizem que ao vento o coqueiro
soluça plangentemente!...
Ai! não soluça o coqueiro,
é a terra quem chora e sente!