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NAS MÃOS DOS JOVENS - editorial do Trovia de março / 2003
A eternidade da trova depende do trabalho contínuo e apaixonado de dois belos times: o dos que produzem trovas e o dos que promovem a trova, neste último incluídos os que coordenam concursos e festas e os que divulgam a trova em seus informativos, colunas de jornais e revistas, programas de rádio e televisão, exposições, etc.
Trovadores sempre existiram, ou pelo menos desde a Idade Média. Divulgadores também. Mas o movimento forte e bem organizado começou mesmo nos anos 50, com Luiz Otávio, chegando até hoje numa crescente animação. Resta, porém, saber até quando a trova manterá tal fôlego...
E é aí que entra a esperança depositada nos jovens trovadores. Os cinqüentões, sessentões, setentões, e até alguns valentes oitentões ainda na ativa trouxeram a tocha até aqui. Aos poucos, vão passando a liderança aos “meninos” de 40 anos, 30, e já a uns viçosos irmãozinhos de 20. Nas mãos dessa moçada está o futuro da trova.
Não só no que diz respeito à produção de versos, mas também, e muito especialmente, no que se refere à promoção de encontros, etc. e à divulgação da trova e dos trovadores pelos meios disponíveis. Há que haver sempre os grandes animadores e arautos da trova. Sem eles, não haveria motivação, e o trovismo tenderia a minguar.
Então é preciso começar a dar mais serviço aos trovadores jovens, entregando a eles o comando dos concursos e festas, encorajando-os a assumir os boletins, fazendo-os sentir que a vez agora é deles. Uma transição sem pressa e sem precipitações, mas que precisa ser feita em todas as praças trovistas.
Será assim que, de geração em geração, a trova se eternizará.