V Jogos Florais de Cantagalo - 2009

V JOGOS FLORAIS DE CANTAGALO - 2009

 

ÂMBITO NACIONAL - Tema: "Sertão"
 
1º 

Quando o roceiro confia

 e deita na terra o grão,

 Deus confia a parceria

 e faz chover no sertão.                     
PEDRO ORNELLAS - SP

 Um carro de bois chorão

 que eu vi passar, à distância,

 trouxe de volta o sertão

 que povoou minha infância!     

JOSÉ OUVERNEY  - Pindamonhangaba
3°  

Nos restos de uma queimada

 o silêncio e a solidão...

 Uma cicatriz marcada

 na face do meu sertão...             

IZO GOLDMAN - SP
4º 

No sertão, por ser tão rude, 

 sem intervalo ela avança...

 A seca seca um açude

 mas não seca uma esperança.
MAURICIO PINDAMONHANGABA  
5º 

Sobre o sertão nordestino,

 goteja a perseverança

 de um destino em desatino,

 de espera sem esperança. 

RENATA PACCOLA - SP

6º 

Sou sertanejo e não nego

crestei meus pés neste chão.

 Nestas marcas que carrego ,

 carrego o próprio sertão!
 FRANCISCO GARCIA DE ARAUJO - Caicó/RN
7º 

Sertão seco. Sol ardente.

Resta ao roceiro chorar

o destino da semente

que morreu sem germinar!
 JOSÉ TAVARES DE LIMA - Juiz de Fora
8º 

No sertão é tanta paz

 que eu chego a ouvir, da soleira,

o esforço que o vento faz

tentando abrir a porteira!
      JOSÉ OUVERNEY
9º 

Saudoso daquela estrada

que vai para o meu sertão,

vou fazendo a caminhada

na própria imaginação!
     JOSÉ ANTONIO DE FREITAS - Pitangui/MG
10º 

Quanto mais sertões eu passo

mais questões me vão surgindo:

como pode um mesmo espaço

 ser tão rude e ser tão lindo?  
     ANTONIO DE OLIVEIRA - Rio Claro/SP
11º  No silêncio do sertão,
quando soa a Ave-Maria,
 um sino e o meu coração
 têm a mesma sintonia.
     JOSÉ ANTONIO DE FREITAS
12º 

Tudo ficou lá na roça

 bem longe, no meu sertão:

o milharal, a palhoça

e este velho coração.
     JUPYRA VASCONCELOS - Belo Horizonte
13º 

Este silêncio enlutando

de cinzas o pobre chão...

é a voz do sertão chorando

a morte da plantação.
     VANDA FAGUNDES QUEIROZ - Curitiba
14º  

No sertão, sol causticante,

meu pai, de enxada nas mãos,

foi morrendo a cada instante

por mim e por meus irmãos!
     FRANCISCO NEVES DE MACEDO - Natal/RN
15º 

No sertão me avança  a idade,

nessa distância sem fim...

Você mora na saudade

e a saudade vive em mim...
     MARIA DE FÁTIMA SOARES DE OLIVEIRA - Juiz de Fora

 

 

ÂMBITO ESTADUAL (Rio de Janeiro) - Tema:  "Sertão"
                            
  1º 

No sertão pobre e carente

chuva é a mão que Deus descerra

 e apaga a fogueira ardente

 que queima a face da  terra.
       ELEN DE NOVAES FÉLIX - Niterói
  2º 

Quando a chuva da bonança

jorra prata pelo chão,

as lágrimas de esperança

brilham no olhar do sertão.
       ADILSON MAIA - Niterói
  3º  

Quem não tem medo da morte,

quem nunca faz nada em vão,

quem, antes de tudo é um forte...

 Este é o homem do sertão!
       RENATO ALVES - Rio de Janeiro
  4º 

As rezas Deus vai ouvir

e veremos no sertão:

do céu a chuva cair

 e a terra abraçar o grão.
 DYRCE PINTO MACHADO - Cantagalo
  5° 

 É na choupana esquecida

num cafundó no sertão

que, em meio à terra batida,

também bate a solidão... 
EDMAR JAPIASSU MAIA - Rio de Janeiro
  6°  

Olhar o campo deserto

e as carcaças pelo chão,

é ver a morte de perto

aniquilando o sertão...
MARIA MADALENA FERREIRA - Magé
  7° 

É seca , é chuva, é pobreza...

No sertão o homem briga

até com a natureza

que sem piedade o castiga.
  SANDRO PEREIRA REBEL - Niterói
  8°  

No sertão, quando se expande

em noturna cerimônia,

a solidão é tão grande

que o silêncio acorda a insônia...
EDMAR JAPIASSU MAIA - Rio de Janeiro
  9°  

Cai a chuva no sertão

e o sertanejo contente

vai espalhando no chão

a rama, o grão e a semente.
ADALTO MARQUES MACHADO - Cantagalo
10°  

Lá no sertão nordestino

a poesia brasileira

ganha força até de um hino

 no canto à mulher rendeira!
       SANDRO PEREIRA REBEL - Niterói
11°  

O anoitecer no sertão

desperta a velha rotina

 que prossegue no clarão

 de uma luz à lamparina.
  AILTO RODRIGUES - Nova Friburgo
12°  

No sertão, se o sol maltrata

mas traz ouro e luz nos braços

 de noite, a lua de prata

vem calma e amaina os cansaços...
 GILVAN CARNEIRO DA SILVA - São Gonçalo
13°  

Sertão... O solo abrasado

 faz do sertanejo, um forte:

além de alegre é arrojado,

confia na própria sorte.
DJALDA WINTER SANTOS - Rio de Janeiro
14°  

Brinquedo de "esconde-esconde",

a infância, a paz... onde estão?

Hoje, a saudade responde:

 _Ficaram lá no  sertão   

JOSÉ HENRIQUE DA COSTA - Magé
15° 

Não foi a chuva, em verdade,

que me fez voltar aqui!

Foi uma enorme saudade
do sertão - onde nasci!!!
 Mª MADALENA FERREIRA - Magé

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TEMA PARALELO:  "CEM ANOS SEM EUCLYDES DA CUNHA"

Âmbito Estadual

 

1° Lugar
Canudos, o grão plantou,
germinou... se fez colheita.
E para Euclides gerou
“Os sertões”, obra perfeita.
(Dyrce Pinto Machado – Cantagalo)

2° Lugar
Às injustiças se opunha:
- E a Vida a condecorá-lo,
tornou Euclides da Cunha...
...o orgulho de Cantagalo!!!
(Maria Madalena Ferreira – Magé )

3° Lugar
De seus feitos, sua glória,
o país é testemunha:
cem anos...e a nossa história
pranteia Euclides da Cunha!
(Edmar Japiassu Maia – Rio de Janeiro)

4° Lugar
Das agrestes extensões,
Euclides faz um relato,
é, tão fiel, que “Os Sertões”
Fazem, da prosa um retrato!!!
(Alba Helena Correa – Niterói)

5° Lugar
Euclides em “Os Sertões”,
mostrou a realidade:
Canudos sob opressões
De fraterna crueldade...
(Ruth Farah Nacif Lutterback – Cantagalo

6° lugar
“Os Sertões” foi seu poema,
Canudos lhe deu a glória,
a guerra foi o seu tema,
e Euclides fica na história.
(Adalto Marques Machado –Cantagalo)

7° Lugar
Euclides da Cunha, um dia
escreveu com perfeição,
mais do que tratado, um guia
sobre a vida no sertão.
(Adilson da Silva Maia – Niterói - RJ)

8° Lugar
Num trabalho magistral,
nossa oitava maravilha,
Euclides fez-se imortal.
E “Os Sertões” seguiu-lhe a trilha.
(Hermoclydes Siqueira Franco -Nova Friburgo)

9° lugar
Enfrenta, Euclides da Cunha
ao retornar do sertão,
o que o destino lhe impunha:
“um outro drama: a traição.”
(Pedro Viana Filho – Volta redonda – RJ)

10° lugar
Todo o mundo consagrou
Euclides e “Os Sertões”.
A morte não apagou
suas obras e lições.
(Dyrce Pinto Machado – Cantagalo)

 

 

11° lugar
O tempo é o maior juiz,
Eterniza que merece...
E o centenário me diz:
De Euclides ninguém esquece!!!
(Alba Helena Correa – Niterói)

12° lugar
Por um gesto tresloucado
Morre Euclides no ato vil...
Foi um tiro desfechado
No coração do Brasil!
Edmar Japiassu Maia –Rio de Janeiro 

13° lugar
Nas letras sempre venero
E espero que não duvides
a “Odisséia” de Homero
e forte “Os Sertões” de Euclides!
(Heloysio Alonso Teixeira – Cantagalo

14° lugar
Euclides num pobre texto
Escrito pela emoção,
valorizando o contexto,
deu vida e fama ao sertão.
(Helen de Novaes Félix – Niterói)

15° lugar
Cantagalo se extasia
Com festas... com emoções.
E Euclides, a cada dia,
é lembrado n’ “Os Sertões”
(Henny Kropf – Cantagalo – RJ)

16° lugar
Vinde Antônio Conselheiro!!
Voltai face às orações...
Vinde saldar prasenteiro,
O grande autor de “Os Sertões”
(Hermoclydes S. Franco - N.Friburgo)

17° lugar
Euclides, quem o levou
De sua terra natal,
Nem sequer imaginou
Que levava um imortal
(Adalto M. Machado: Cantagalo)

18° lugar
Sem nenhuma vaidade
Escritor de “Os Sertões”,
da fazenda da saudade
Para todas as nações.
(Carlos Henrique Furtado Leite – Cantagalo)

19° lugar
Do sertão da minha terra
À trajetória final,
Euclides da Cunha encerra
sua vida triunfal.
(José Moreira Monteiro–Bom Jardim)

20° lugar
Quando a saudade desvenda
A história dessa nação,
Euclides se torna a lenda
Mais bela do meu sertão!
(Adilson da Silva Maia – Niterói)

 Âmbito Nacional

1° lugar
O GRANDE LIVRO fechou...
“Canudos não se rendeu”.
Mas, Euclides nos mostrou
o que o Brasil esqueceu!
(José Valdez C. Moura – Pindamonhangaba – SP)

2° lugar
Em coragem desabrida,
Euclides pôs um “jamais”!
Jamais luta fraticida
em nosso chão nunca mais!
(José Valdez C. Moura – Pindamonhangaba – SP)

3° lugar
Ser literato ele soube.
Com “Os Sertões”, obra lendária.
Foi tão grande que não coube
Numa escola literária.
(Manoel Cavalcante de S. Castro – Pau dos Ferros – RN)

4° lugar
Na garra do sertanejo
que Euclides revê e exalta,
um bravo Brasil eu vejo,
sofrido mas sempre em alta.
(Antonio Augusto de Assis – Maringá – PR)

5° lugar
Euclides foi consagrado
no Brasil, de sul a norte:
mais que poeta, ou soldado,
Foi, “antes de tudo um forte”!
(Izo Goldman – São Paulo - SP)

6° lugar
Seu nome, Antônio Vicente;
Conselheiro, sua alcunha;
e sua história, o presente
de nosso Euclides da Cunha.
(Renata Paccola – São Paulo - SP)

7° lugar
Cantagalo se enaltece
pelo filho que nos deu,
cuja história até enriquece
“Os Sertões” que ele escreveu.
(Nei Garcez – Curitiba - PR)

 

8° lugar
Mais poeta que soldado,
engenheiro ou escritor,
fez d’ “Os sertões” o seu brado
de justiça, paz e amor!
(Izo Goldman – São Paulo - SP)

9° lugar
De um inquieto jornalista
em meio às revoluções,
nasce o grande romancista,
das “Veredas” dos “Sertões”
(Wandira Fagundes Queiroz – Curitiba – PR)

10° lugar
A vida do homem, tragédias;
uma alma plena de dores...
Sem tempo para comédias,
lá no sertão...seus amores!
(Laérson Quaresma de Moraes – Campinas

 

 

11° lugar
Do conflito é testemunha
E, em artigos que escreveu,
Afirma Euclides da Cunha:
“Canudos não se rendeu!”
(Therezinha Dieguez Brizolla – São Paulo – SP)

12° lugar
Um século já é passado
da tragédia por amor,
onde Euclides, enciumado,
de poeta tornou-se ator...
(Walneide Fagundes de S. Guedes - Curitiba – PR)

13° lugar
Prosando, Euclides da Cunha,
Em “Os Sertões” pinta o porte
do sertanejo...que alcunha:
“é, antes de tudo um forte.”
(Maria da Conceição Fagundes – Curitiba –PR)

14° lugar
Euclides da Cunha inova,
Ao mostrar sua visão
que claramente comprova
ter desbravado o sertão!
(Renata Paccola – São Paulo - SP)

15° lugar
Sonhei que a vida compunha
a melodia dos sonhos,
revendo Euclides da Cunha
dos velhos tempos risonhos
(Dari Pereira – Maringá - PR)

16° lugar
Prédios que vencem revides
do tempo, ostentando glórias,
vêm das plantas com que Euclides
plantou seu nome na história!
(João Paulo Ouverney - Pindamonhagaba – SP)

17° lugar
Celebrando o centenário
do grande Euclides da Cunha;
“Os Sertões” é um relicário,
que hoje a história testemunha.
(Therezinha de Jesus Lopes – Juiz de Fora - MG)

18° lugar
Quando Euclides escreveu
sobre Guerra de Canudos
quis mostrar quem padeceu:
todos que permaneceram mudos.
(Volpone de Souza – Bragança Paulista - SP)

19° lugar
Teu livro, Euclides da Cunha,
Foi de SERTÕES, batizado
e se tornou testemunha
dos desmandos do passado!
(Delcy Rodrigues Canalles - Porto Alegre - RS)

20° lugar
Euclides, cantagalense,
Que há cem anos nos deixou,
Há em Cantagalo o suspense
da saudade que ficou!
(Gislaine Canales- Camboriu - SC)