CIDINHA (Maria Aparecida) FRIGÉRI, nascida em Monte Santo/MG, em 15 de março de 1932, chegou a Londrina em 1951, onde começou a construir uma bela história de integração que envolve escola, música e, sobretudo, poesia, muita poesia. Professora, funcionária de cartório, acordeonista, Cidinha e Londrina estão envolvidos para sempre pelos laços da ternura e da gratidão mútuas. Na trova, promoveu concursos de âmbito nacional e, em 1989, lançou o livro "Colméia de Trovas", com 150 composições. Faleceu em 14 de agosto de 2018 em Londrina.
É no momento da prece
que o seu coração perdoa...
Quem assim age, merece
viver feliz, pois se doa.
A mãe que sorrindo beija
o rosto de seu filhinho,
é gratidão que sobeja
no mais arguto o carinho...
Quando a saudade bater
bem forte em meu coração
é a vontade de te ver
e ouvir a tua canção...
As almas bem verdadeiras,
como rosas nos caminhos,
devem ser como as roseiras:
não escondem seus espinhos.
Muita paz habite o Ser,
como chuva refrescante;
cada irmão vai compreender
seu valor regenerante!...
A canção do amor primeiro
O teu sorriso gravou...
Mas foi assim tão ligeiro,
como o vento que passou!
Com o por-do-sol que invade
de luz o meu coração,
é tão constante a saudade,
que interfere na razão.